Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Mariane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181232
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Resumo: |
A soja, [Glycine max (L.) Merrill], é cultivada em vários países e é considerada um dos principais cultivos agrícolas em todo o mundo. Embora apresente grande potencial produtivo, muitas espécies de insetos-praga estão comumente associadas à cultura, causando danos significativos e comprometendo sua produtividade. Dentre os insetos que podem afetar negativamente o rendimento da soja, destacam-se Helicoverpa armigera (Hübner, 1808) (Lepidoptera: Noctuidae) e Helicoverpa zea Boddie (Lepidoptera: Noctuidae). O uso de inseticidas sintéticos, associado às culturas geneticamente modificadas são os métodos de controle mais utilizados para a manutenção das populações dessas pragas a campo. No entanto, a adoção abusiva dessas práticas pode ocasionar prejuízos ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, além de selecionar populações resistentes dos insetos, no campo. O uso de resistência varietal no controle de pragas pode ser uma tática valiosa para o Manejo Integrado de Pragas (MIP) da soja, podendo ser empregado em conjunto com outras táticas de controle. Ainda dentro dos preceitos do MIP, o conhecimento quanto ao potencial de danos do inseto sobre as plantas e seu impacto sobre as produtividades vem sendo periodicamente reavaliado. Dessa forma, a simulação da ação dos insetos sobre as plantas também pode auxiliar na validação e determinação dos níveis de ação (NA) e, assim, favorecer a racionalização do uso de inseticidas químicos. Com base no exposto, o presente estudo teve como objetivos caracterizar possíveis categorias de resistência (antixenose e/ou antibiose) de 22 genótipos de soja sobre H. armigera em laboratório e avaliar o impacto da remoção artificial de flores e vagens na maturação e rendimento da soja, simulando o ataque de H. zea a campo. Inicialmente, foi realizado um teste preliminar de performance, empregando-se como alimento, folhas e vagens dos genótipos, visando selecionar aqueles mais promissores quanto à resistência. Na sequência, os genótipos selecionados foram novamente avaliados por meio de ensaios de confinamento (folhas), onde além de parâmetros biológicos, avaliou-se o consumo foliar, visando distinguir antixenose e antibiose. Em ensaio a campo, avaliou-se o efeito da remoção artificial de flores e vagens, em diferentes níveis de remoção e diferentes fases fenológicas da soja, sobre a maturação e produtividade da soja nos EUA, sob condições desfavoráveis de umidade. Em laboratório, PI 227687, PI 274453, PI 274454, PI 229358, PI 171451, ‘IAC 17’ e ‘IAC 19’ expressaram resistência do tipo antibiose e/ou antixenose sobre H. armigera, apresentando-se como genótipos viáveis para programas de melhoramento genético focando em resistência de soja a lagartas desfolhadoras. A campo observou-se que as plantas de soja são capazes de compensar os danos causados por H. zea, quando as flores e/ou vagens são removidas no estádio inicial de desenvolvimento reprodutivo (R2-R4), quando em condições desfavoráveis (sem irrigação). Os dados também indicaram que a planta de soja é mais sensível à perda de estruturas reprodutiva durante a fase R5, período em que o ataque reduz significativamente a produtividade das plantas. |