Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Letícia de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253118
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Resumo: |
Em rebanhos bovinos de corte, falhas no reconhecimento materno fetal (RMF) ocasionadas especialmente pela inabilidade do concepto em bloquear a síntese de prostaglandina F2α (PGF2α) endometrial, entre os dias 15 e 17 após a fecundação, determinam a mortalidade embrionária precoce (MEP). A MEP constitui uma das maiores causas de falhas reprodutivas. Para que o RMF seja bem sucedido torna-se fundamental a manutenção funcional e estrutural do corpo lúteo (CL) e de altas concentrações circulantes de progesterona (P4). O interferon-tau (IFNT) constitui a principal molécula envolvida no sucesso do RMF. Reconhecidamente a PGF2α possui ações luteolíticas que promovem a falência funcional e estrutural do CL. A prostaglandina E2 (PGE2) e o IFNT associados, agem por um conjunto de ações luteotróficas no CL, que determinam a manutenção do CL e a síntese de P4. Estratégias para favorecer RMF objetivam reduzir a capacidade de síntese de PGF2α e/ou aumentar a síntese de PGE2 e/ou aumentar a razão PGE2/PGF2α. Tais prostaglandinas (PG) são sintetizadas pelo endométrio materno, embrião e concepto (embrião e membranas anexas). O ácido oleico (AO; C18:1 cis-9) reconhecidamente determina modificações na via metabólica de biossíntese de eicosanóides, incluindo as PG. Em um estudo recente realizado pelo grupo (LOURENÇO, 2022), células trofoblásticas bovinas (CT-1) foram cultivadas com AO nas concentrações de 0, 50, 100, 200, 500 e 1000 μM durante 72 horas, onde na concentração de 1000 μM observou-se uma redução na síntese de PGF2α, aumento na síntese de PGE2, embora não tenha sido verificado um aumento na razão PGE2/PGF2α. A hipótese é que a suplementação com AO aumenta a abundância dos transcritos PTGES1, PTGES2, PTGER4, PTGS2, IFNT, MMP2 e diminui a abundância dos transcritos MMP9 e AKR1B1. Para tanto, objetiva-se determinar os efeitos do AO (C18:1 cis-9; Sigma-Aldrich O1383) nas concentrações de 0, 100, 500 e 1000 μM durante 72 horas de cultivo, na expressão de transcritos envolvidos na biossíntese de PG (PTGS2, AKR1B1, PTGES1, PTGES2 e PTGER4), no RMF (IFNT) e na implantação placentária e remodelação da matriz extracelular (MMP2 e MMP9) pela técnica de RT-qPCR. As CT-1 foram cultivadas em placas de 6 poços com meio de cultivo suplementado com 10% de soro fetal bovino (SFB), incubadas a 38,5°C com 5% CO2. Depois de cinco dias de cultivo, as CT-1 receberam meio de cultivo sem SFB. Então, no 6º dia de cultivo, os poços receberam 4 mL de meio de cultivo sem SFB contendo AO nas concentrações 0, 100, 500 e 1000 μM durante 72 horas. Ao término do cultivo, as células foram lavadas com DPBS e o RNA foi extraído com 1mL/poço de Trizol. Amostras foram armazenadas a -80ºC e posteriormente analisadas por RT-qPCR. Foram realizadas cinco repetições experimentais. A análise estatística foi conduzida usando o PROC MIXED do SAS, por ANOVA usando o efeito fixo de tratamento, assumindo significância quando P < 0,05. A expressão relativa de PTGER4 foi menor nos grupos 500 e 1000 µM comparado ao controle (0,0320 ± 0,0097 e 0,0292 ± 0,0106 vs. 0,0695 ± 0,0097 respectivamente; P = 0,0154) não tendo tais grupos diferido do grupo 100 µM (0,0546 ± 0,0106); a de PTGES1 foi maior nos grupos 500 e 1000 µM comparado ao controle (4,6370 ± 0,3782 e 5,1669 ± 0,3782 vs. 3,5120 ± 0,3782 respectivamente; P = 0,0272) não tendo tais grupos diferido do grupo 100 µM (4,2088 ± 0,4177). Os níveis de expressão relativa de AKR1B1 foi menor (P = 0,0013) nos grupos 500 e 1000 µM (0,2725 ± 0,0413 vs. 0,2084 ± 0,0413 respectivamente) comparado aos grupos controle e 100 µM (0,4433 ± 0,0413 e 0,4039 ± 0,0451 respectivamente); e os de IFTN foram menores (P = 0,0013) nos grupos 500 e 1000 µM (0,2986 ± 0,0450 e 0,2300 ± 0,0450 respectivamente) quando comparados aos grupos controle e 100 µM (0,4852 ± 0,0450 e 0,4422 ± 0,0491 respectivamente). Conclui-se que o cultivo de CT-1 com AO nas concentrações de 500 e 1000 µM durante 72 horas, aumenta abundância do transcrito PTGES1 e diminui a abundância para PTGER4, AKR1B1 e IFNT comparado ao grupo controle. |