Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Favetti, Bruna Magda [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151051
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Resumo: |
A soja (Glycine max) é uma das culturas mais importantes no agronegócio brasileiro. Um dos principais problemas fitossanitários ocorrentes nesse cultivo é o ataque de insetos-praga, que estão presentes desde a emergência da plântula até a fase de colheita. O controle desses insetos é realizado a partir de inseticidas sintéticos. Porém, a tática de controle biológico tem sido cada vez mais utilizada no Brasil, tornando-se uma importante ferramenta no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Entre as opções, o parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) reduz a infestação de populações de insetos-praga da ordem Lepidoptera, propiciando menor impacto ambiental e a produção de alimentos mais saudáveis. Com isso, o presente trabalho verificou as características bioecológicas de T. pretiosum em espécies de Heliothinae, como também avaliou diferentes quantidades e formas de liberação deste parasitoide, demostrando o seu papel no manejo de lepidópteros-praga na cultura da soja. Para atingir este objetivo a tese foi dividida em quatro capítulos: (1) características biológicas e exigências térmicas de T. pretiosum em três espécies de Heliothinae; (2) capacidade de parasitismo de T. pretiosum em três espécies de Heliothinae sob diferentes temperaturas; (3) técnicas de liberação de T. pretiosum para o controle de lepidópteros-praga da soja; (4) manejo integrado de insetos-praga na cultura da soja com e sem controle biológico. No laboratório avaliou-se o potencial do parasitoide de ovos no controle das espécies de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae), Helicoverpa zea (Boddie) (Lepidoptera: Noctuidae) e Chloridea virescens (Fabricius) (Lepidoptera: Noctuidae) sendo os experimentos mantidos em câmaras climatizadas (BOD), nas temperaturas de 15, 20, 25, 30 e 35 ± 2 ºC, umidade relativa de 70 ± 10% e fotofase de 14 horas. No campo, os experimentos de avaliação das diferentes técnicas de liberação de T. pretiosum (adulto e cápsula contendo pupas protegidas) e quantidade de T. pretiosum liberado (120 mil e 60 mil parasitoides/liberação/hectare), bem como, o manejo de insetos-praga com e sem a liberação deste parasitoide, foram conduzidos na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE), Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” - FCA/UNESP, Campus Botucatu-SP, safras 2014/15 e 2015/16. Pode-se afirmar que T. pretiosum controla as espécies de Heliothinae e a temperatura influencia a biologia e capacidade de parasitismo deste inseto, com impacto negativo nas temperaturas extremas (15 e 35ºC). Tanto a liberação de T. pretiosum via cápsula contendo pupas protegidas quanto adulto, bem como o uso de 120 mil parasitoides/liberação/hectare, exercem o controle das populações de lepidópteros-praga. A adoção do manejo biológico de lepidópteros com o uso de T. pretiosum evitou a utilização de inseticidas nas duas safras avaliadas, uma vez que o nível de controle não foi atingido. De maneira geral, conclui-se o agente biológico T. pretiosum é eficiente no controle de lepidópteros-praga e, juntamente com a adoção dos preceitos do MIP (monitoramento, adoção do nível de controle e integração de táticas), favorece a atuação de agentes benéficos, subsidiando assim a perspectiva de inserção desse parasitoide de ovos em programas de MIP-Soja, visando à busca por um ambiente agrícola mais sustentável. |