Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Spagnol, Daniel |
Orientador(a): |
Grützmacher, Anderson Dionei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5734
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Resumo: |
A utilização de plantas de milho transgênicas ou plantas geneticamente modificadas que expressam genes com atividade inseticida consiste em uma nova alternativa para o controle de insetos-praga, além de estar em adequação com os principios do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Como as proteínas de Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) (Bacillaceae) são expressas em altas dosagens nos tecidos verdes das plantas geneticamente modificadas, podem ser expressas nas folhas, caule (seiva), pólen e em outras partes da planta, podendo afetar inimigos naturais de forma direta e indireta. A preservação dos inimigos naturais de insetos-praga é uma das práticas de maior importância no MIP, devendo ser incentivado o uso de agrotóxicos seletivos e ferramentas tecnológicas com o mínimo de impacto a estes organismos benéficos, a fim de viabilizar a associação dos métodos biotecnológicos e biológicos. Nesse contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de 10 híbridos de milho transgênico sobre a fase adulta do parasitoide Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em condições de laboratório (temperatura de 25±1oC e umidade relativa de 70±10%, fotofase de 14 horas), utilizando-se de adaptação da metodologia padronizada pela “International Organization for Biological and Integrated Control of Noxious Animals and Plants” (IOBC). Na primeira etapa os bioensaios consistiram na exposição de adultos (estágio mais sensível) do parasitoide a folhas, caule (seiva) e pólen, das plantas de milho transgênicas e seus respectivos materiais isogênicos (não transgênicos) colocados sobre placas de vidro. Estas foram utilizadas como fundo e cobertura na confecção de gaiolas de exposição, as quais foram introduzidos os insetos-teste. A redução na capacidade de parasitismo dos tratamentos foi comparada com a testemunha negativa (água destilada) e utilizada para classificar os híbridos em quatro classes: 1, inócuo (<30%); 2, levemente nocivo (30-79%); 3, moderadamente nocivo (80-99%) e 4, nocivo (>99%), conforme recomendação da IOBC. Os 10 híbridos de milho transgênico e seus isogênicos testados nos bioensaios expondo folha, caule e pólen a T. pretiosum; adaptando-se a metodologia da IOBC, foram assim classificados: AG 8011YG (Cry1Ab), BG 7060Y (Cry1Ab), AS 1551 YG (Cry1Ab), AS 1551 VT PRO (Cry1A. 105 + Cry2Ab2), DKB330YG (Cry1Ab), DKB390PRO2 (Cry1A. 105 + Cry2Ab2 + CP4 - EPSPS), 30F53H (Cry1F PAT), 32R48H (Cry1F PAT), Status TL (Cry1Ab PAT), Status Viptera (VIP3Aa20), são inócuos (classe 1) a adultos de T. pretiosum. Na segunda etapa efetuaram-se bioensaios para determinar o efeito do pólen de milho transgênico em fêmeas de T. pretiosum. Os experimentos foram conduzidos em laboratório (temperatura de 25±1ºC, umidade relativa de 70±10%, fotofase de 14 horas). Fêmeas recém-emergidas de T. pretiosum foram individualizadas em tubos de Duran, contendo como substrato alimentar mel acrescido de pólen dos respectivos híbridos de milho. 7 Analizaram-se os seguintes parâmetros biológicos: longevidade, parasitismo total, viabilidade de emergência e razão sexual. Dos sete tratamentos avaliados, nenhum foi prejudicial ao desenvolvimento de fêmeas de T. pretiosum. Os híbridos transgênicos: AG 8011YG (Cry1Ab), AS 1551 VT PRO (Cry1A. 105 + Cry 2Ab2) e Status Viptera (VIP3Aa20); assim como seus respectivos isogênicos não possuem efeitos sobre a longevidade, parasitismo total, viabilidade de emergência e razão sexual de T. pretiosum. |