Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Zucchi, Luciano Kneip [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192045
|
Resumo: |
Objetivamos, dando continuidade a nossas pesquisas de mestrado, aprofundando-as e a seus resultados, demonstrar, principalmente através da análise histórica e da política internacional, que a gênese dos conflitos no Oriente Médio entre judeus e árabes está inserida dentro de um contexto global. Tendo como seu cerne, interesses imperialistas e o bipolarismo surgido após a Segunda Guerra Mundial, e não rivalidades ou ódios seculares entre povos. Muito embora o discurso étnico/religioso tenha, muitas vezes, conseguido mascarar a realidade desse antagonismo originário do século XX, que adentrou o século XXI sem perspectivas de resolução. A História demonstra que se por um lado judeus e árabes tiveram alguns “ínterins conflituosos”, principalmente na aurora do Islã, por outro, conviveram pacificamente e produtivamente durante séculos, como no Califado Omíada da Espanha e em outras regiões. A proclamação do Estado de Israel em 1948, muito embora tenha se configurado numa solução de compromisso para o problema antissemita no continente europeu, redundara, paradoxalmente, num novo estranhamento e em novos conflitos, agora entre judeus e árabes habitantes da Palestina e de todo o Oriente Médio. As potências europeias, nesse contexto, desaguam uma contradição que é sua no mesmo movimento em que reiteram seus preconceitos, transportando-os para o Médio Oriente, agravando-se o quadro sensivelmente com a Guerra Fria e o confronto entre os Estados Unidos e União Soviética, que farão da região — rica em recursos energéticos imprescindíveis para o Ocidente — palco de seu enfrentamento, tornando pior uma situação que já era desesperada ao extremo. |