Perfil emocional e efeitos agudos da terapia de consciência corporal em universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Fernanda Elisa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150594
Resumo: Ansiedade e depressão, sintomas frequentemente observados em estudantes universitários, têm sido relacionados com alterações na modulação autonômica. Entretanto, não se sabe se universitários com distúrbios emocionais apresentam alterações na variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Terapias mente-corpo têm demonstrado benefícios na saúde física e mental, bem como na VFC. A terapia de consciência corporal (TCC) utiliza movimentos lentos e consciência da postura e respiração para proporcionar consciência fisiológica e emocional. Os objetivos desta pesquisa foram verificar a presença de sintomas de estresse, ansiedade e depressão em universitários e analisar a relação desses sintomas com a VFC, bem como verificar os efeitos agudos da TCC na modulação autonômica de universitários. Os estudos foram compostos por 59 universitários de ambos os sexos, com faixa etária de 18-25 anos. Foram aplicados questionários para avaliação de sintomas de estresse (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp), ansiedade e depressão (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão - HADS). Para análise da VFC, foram utilizados índices no domínio do tempo, da frequência e índices geométricos (Plot de Poincaré). Posteriormente, a amostra foi dividida aleatoriamente em grupo terapia (GT) (n=30) e grupo controle (GC) (n=29) e a VFC foi verificada em dois momentos para ambos os grupos, antes e após terapia para TCC para GT e antes e após repouso para GC. O índice SDNN (p=0,004) mostrou-se diminuído em universitários com sintomas de depressão, quando comparado com aqueles sem este sintoma. Os índices RMSSD (p=0,038) e SD1 (p=0,038) apresentaram-se diminuídos em universitários com concomitância de ansiedade e depressão em comparação daqueles com ausência de sintomas ou que apresentavam apenas ansiedade ou depressão. Após a TCC e após o repouso houve aumento dos índices RMSSD (p=0,000), SDNN (p=0,000), SD1 (p=0,000) e SD2 (p=0,000) no GT e GC, sendo observada redução de SD1/SD2 (p=0,024) no GT e SD1/SD2 (p=0,029) no GC. Os universitários do estudo apresentaram sintomas de estresse, ansiedade e depressão, sendo evidenciada redução do índice SDNN em indivíduos com sintomas de depressão e diminuição de tônus vagal (RMSSD e SD1) quando apresentados, simultaneamente, sintomas de ansiedade e depressão. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os efeitos da TCC e do repouso na VFC dos universitários. Os universitários apresentaram aumento de índices parassimpáticos e de variabilidade global após a TCC e o repouso. Por proporcionar melhora da VFC, consequentemente, melhor adaptação emocional aos estressores, a TCC pode ser considerada uma estratégia adjuvante no enfrentamento das demandas acadêmicas vivenciadas por universitários.