Bioindicadores de qualidade do solo e produtividade da soja em função do residual da adubação fosfatada e inoculação das gramíneas antecessoras com Azospirillum brasilense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freitas, Beatriz Souto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235708
Resumo: O fósforo (P) é um dos nutrientes mais requeridos pelas culturas agrícolas. Sua liberação em solos mais velhos é naturalmente muito baixa, sendo necessário a prática da adubação fosfatada para o bom desenvolvimento das plantas. Tendo em vista que o maior gasto de uma lavoura são os custos com fertilizantes, alguns estudos têm exposto como alternativa o uso da inoculação das sementes por bactérias promotoras de crescimento, destacando-se a Azospirillum brasilense. Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito residual da adubação fosfatada e se há interação ou não com a inoculação das culturas antecessoras a soja com a bactéria Azospirillum brasilense sobre os componentes de produção, produtividade da soja nas safras 2019/20 e 2020/21 e bioindicadores de qualidade do solo. O experimento foi realizado em sistema plantio direto (SPD), em um Latossolo Vermelho Distrófico típico argiloso, com delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial 5x2, sendo cinco doses de P2O5 na forma de MAP aplicadas em 2013 e 2020, com e sem inoculação das gramíneas em rotação à soja. Foi verificado que apenas na safra de 2019/20 houve efeito positivo da inoculação das plantas antecessoras à soja com incremento na população de plantas. Entretanto, nas áreas não inoculadas, pelo menor número de plantas, houve compensação com maior altura de plantas, número de vagens e número de grãos por planta, porém sem efeito na produtividade de grãos. O carbono orgânico total (COT), a atividade respiratória microbiana (ARM), carbono da biomassa microbiana (CBM) e o coeficiente metabólico (qCO2), as áreas onde as culturas antecessoras à soja foram inoculadas apresentaram efeito positivo em relação às não inoculadas. A enzima β-glucosidase, mesmo em maior atividade, não significou incremento no qCO2, mas aumento no COT do solo. A enzima arilsulfatase apresentou maior atividade nas áreas onde houve inoculação com A. brasilense. Sistemas de cultivo que mantem a saúde do solo adequada, aliado à inoculação das gramíneas com A. brasilense, mostraram um manejo de qualidade e baixo custo, aliada a atividade microbiológica e enzimática do solo.