Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gobbo, Gislaine Rossler Rodrigues [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153227
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como tema o desenvolvimento da imaginação infantil mediada por gêneros discursivos. Ancorou-se nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, que considera o processo da humanização do homem como decorrência de sua participação ativa no meio em que vive, em interação com os outros sujeitos sociais, conforme as condições materiais de sua existência, desenvolvendo, nesse processo, suas funções psicológicas superiores, dentre elas a imaginação. A pesquisa foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista - Unesp- Campus de Marília, e está vinculada à Linha de Pesquisa Teoria e Práticas Pedagógicas. Teve como objetivo geral: compreender o desenvolvimento da imaginação das crianças pequenas mediado por gêneros discursivos e objetivado nas ações de desenhar e de brincar desempenhando papéis sociais e como objetivos específicos: caracterizar o desenvolvimento da imaginação infantil na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural; elucidar indicadores que mostram o papel dos gêneros discursivos para o desenvolvimento da imaginação como sistema psíquico superior; analisar o desenvolvimento da imaginação das crianças no desenho e na brincadeira de papéis sociais mediado pelos gêneros discursivos. Definimos nosso problema de pesquisa por meio da seguinte questão: “Quais indícios de atividade criadora são encontrados nos desenhos e nas brincadeiras de papéis sociais das crianças, e o que eles significam em termos do processo de desenvolvimento da imaginação infantil mediado pelos gêneros discursivos?” Partimos da hipótese de que os gêneros discursivos: história de acumulação e de repetição, história em quadrinho, fábula, crônica, mito, lenda, conto de fadas e maravilhoso são domínios sociais de comunicação, da cultura literária ficcional, portadores de signos culturais e fonte de desenvolvimento da imaginação infantil. O trabalho investigativo correspondeu a uma pesquisa de intervenção, com duração de dois anos (2012 e 2013), com crianças de uma unidade escolar de Educação Infantil, na cidade de Bauru-SP. Participaram da pesquisa 25 crianças com idades entre 4 e 5 anos e a professora da sala que exercia também o papel de pesquisadora. Para geração de dados foram utilizados filmagens, registro das falas das crianças durante a brincadeira de papéis sociais e produção de desenhos feitos por elas e observação das situações pesquisadas. Para análise, foram selecionados os indicadores: formação dos conceitos, transgressão e reelaboração, emancipação da palavra em relação ao objeto, combinação com outros signos, modificação do significado do objeto, separação do campo conceitual, objetivação de construções linguísticas inusitadas, alargamento dos horizontes cognitivos, seguindo alguns dos critérios de análise: função verbal, internalização e generalização das palavras, vozes alheias do autor, vivenciamento, fluidez das ideias, originalidade e elaboração. Os resultados da investigação permitiram constatar que os gêneros discursivos, da cultura literária ficcional, proporcionam novas experiências às crianças, o domínio de novos signos e ampliam as imagens subjetivas que se convertem em linguagem e pensamento, alterando os temas e conteúdos que aparecem durante a brincadeira de papéis sociais e no desenho. Com tais resultados foi possível defender a Tese de que os gêneros discursivos, como domínio social de comunicação podem ser um meio potencializador para o desenvolvimento da imaginação das crianças, cuja objetivação é observada nos desenhos por elas produzidos e nas brincadeiras de papéis sociais que realizam. |