A brincadeira de papéis sociais como elemento orientador da formação continuada de uma professora pré-escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Trindade, Larissa Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183132
Resumo: Esta investigação, vinculada à linha de pesquisa “Processos formativos, infância e juventude”, do PPGE-FCT/UNESP, propôs-se ao desafio de no processo de formação continuada com uma professora pré-escolar, organizar práticas educativas humanizadoras à luz do materialismo histórico-dialético e do emprego do brinquedo e das brincadeiras de papéis sociais. O processo de formação continuada, alinhado às premissas marxistas e ao uso do brinquedo e da brincadeira de papéis sociais, considerados como atividades essenciais para a humanização das crianças pré-escolares operou como objeto do estudo. O objetivo geral foi realizar e refletir sobre o processo de formação continuada da professora pré-escolar por meio de intervenções teóricas e práticas para a construção de uma prática educativa humanizadora norteada na Psicologia Histórico-Cultural, na Pedagogia Histórico-Crítica e no emprego do brinquedo e da brincadeira de papéis sociais na situação escolar. Como objetivos específicos destacamos: explorar e refletir com a professora pré-escolar participante suas concepções de brinquedo, brincadeira de papéis sociais e planejamento pedagógico e, identificar e analisar dificuldades e necessidades formativas frente ao planejamento de atividades pedagógicas que contribuam para o processo de humanização das crianças por meio do brinquedo e da brincadeira de papéis sociais para organização da ação formadora. Utilizamos os instrumentos metodológicos: entrevista, questionário, observação e análise dos documentos municipais para identificarmos as concepções de Educação Infantil, criança, professor, planejamento pedagógico, brinquedo e brincadeira de papéis sociais e as carências formativas da participante. De posse destas, desenvolvemos a formação continuada teórico-prático, por meio de leituras e discussões de textos, planejamento e proposição de práticas educativas, ressaltando a relevância do brinquedo e da brincadeira de papéis sociais na humanização das crianças pré-escolares. Os resultados revelaram que as propostas educativas da professora oscilaram durante o processo formativo, pois ora seguiam os pressupostos marxistas, ora reproduziam práticas educativas do Ensino Fundamental. A razão de divergências às perspectivas teóricas pode se vincular ao tempo reduzido de formação continuada e à apropriação insuficiente das teorias estudadas, à autonomia intelectual necessária para defender suas práticas educativas mediante a Secretaria Municipal e à falta de uma política municipal de formação continuada comprometida com a emancipação profissional. O processo formativo continuado demanda tempo de execução para melhor apropriação das teorias e práticas abordadas, se intensifica com um assessoramento amiúde do pesquisador ao planejamento e intervenção nas práticas educativas, objetivando reflexão apurada sobre as necessidades infantis e os indicativos pedagógicos das teorias com intuito de oferecer atividades qualitativas que promovam momentos ricos de aprendizagem e desenvolvimento. Precisamos de projetos de formação continuada estabelecidos na visão da Educação Infantil como espaço promotor do desenvolvimento omnilateral da criança, pois a professora, por meio de suas visões particulares de educação e de sociedade, possibilita às crianças conteúdos novos e desafiadores, permitindo compreensão da realidade vivida. Além de subsidiar a professora na compreensão das crianças como sujeitos sociais em construção, frutos das suas relações humanas, com tempos distintos para aprender e níveis diferentes de desenvolvimento, especialmente, ensinar que a brincadeira de papéis sociais é a atividade guia para o processo de humanização das crianças pré-escolares.