Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Noemi Correa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157187
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Resumo: |
O objetivo desta tese consistiu em analisar a visibilidade e a participação das profissionais de comunicação (narradoras, apresentadoras e comentaristas) em programas esportivos da televisão aberta brasileira e portuguesa, transmitidos, respectivamente, em novembro de 2017 e abril/maio de 2017, a fim de verificar se existiam diferenças na quantidade de profissionais femininos e masculinos no jornalismo esportivo, bem como nas funções exercidas por homens e mulheres nesse campo, além de analisar ainda as construções discursivas organizadas por esses sujeitos e a respeito desses. Para tal, a pesquisa foi dividida nas seguintes etapas: contextualização histórica, traçando, a partir de consultas bibliográficas, o histórico de participação das mulheres no jornalismo esportivo; análise quantitativa a respeito do número de profissionais homens e mulheres nas funções de apresentação, narração e comentários no jornalismo esportivo; e, pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com orientação descritiva, mediante análise dos programas nos quais ocorre participação feminina (examinando a participação das(os) profissionais, a partir de posturas, falas, comportamentos e relações com demais colegas) e entrevistas semiestruturadas com questões em aberto. A partir disso, foi verificado que nesse campo ainda há predominância de profissionais do sexo masculino (sendo que, das(os) profissionais elencados neste trabalho, as mulheres representam apenas 11,4% no Brasil e 6,3% em Portugal), e que à minoria feminina ainda cabe atividades referentes à apresentação, cabendo aos homens os comentários e narrações. Além disso, por meio das entrevistas também foi constatado que ainda há dificuldades a serem superadas como: assédio, baixa oportunidade de participação efetiva e cobranças estéticas, capacidades e conhecimentos subestimados, tratamento com grosseria durante entrevistas, violência nas redes sociais, interrupções e dificuldades em conciliar vida profissional com vida pessoal, principalmente com a maternidade. O cenário apontado nas pesquisas atestou como o mundo do jornalismo esportivo ainda é permeado por uma mentalidade de valorização das masculinidades, confirmando a hipótese inicial desta tese de que o ethos do discurso esportivo ainda se mantém sob o domínio masculino e que ainda existe uma cultura androcêntrica presente em programas de esportes na televisão aberta brasileira e portuguesa, apresentando possibilidades diferentes de atuações para jornalistas homens e mulheres, veiculando e contribuindo para a manutenção de representações sobre o que é ser feminino e masculino a partir de referências androcêntricas, binárias e heteronormativas. Portanto, a reformulação da maneira de estilização dos sujeitos, não mais baseado em um rígido marco regulador, deveria tratar-se de um novo desafio a ser superado pelos programas esportivos das diferentes emissoras de TV aberta no Brasil e em Portugal. |