Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cesarin, Anne Elise [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154900
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Resumo: |
O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma planta daninha com elevado potencial de invasiva pela formação de rizomas e touceiras, elevada produção de sementes e florescimento durante todo o ano, características que as tornam competitivas pelos recursos do meio e dificultam naturalmente o seu controle. Somando-se ao fato de que novos casos de populações de capim-amargoso resistentes ao herbicida glyphosate estão sendo relatados em novas áreas, o controle dessa espécie se torna ainda mais dificultoso e custoso. Estudar as diferenças nutricionais entre indivíduos com variações genéticas é importante para compreender adaptabilidade e o potencial de sucesso evolutivo desses genótipos no ambiente. Outro aspecto preocupante é que o clima poderá mudar nos próximos cem anos, e a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera dobrar. Diante disso, será que a biologia, o crescimento e o controle de espécies daninhas resistentes aos herbicidas poderão ser alterados? Dessa forma, o trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar diferenças entre plantas de capim-amargoso resistente e suscetível ao glyphosate, com intuito de: (1) determinar a ocorrência de plantas resistentes e suscetíveis ao herbicida glyphosate em populações de capim-amargoso, por meio de curvas de dose resposta; (2) determinar o acúmulo e a distribuição de massa seca e macronutrientes; (3) a cinética de absorção de nitrogênio e fósforo e (4) as respostas dos biótipos em duas condições de concentração de CO2 atmosférico. Pelos resultados obtidos, a dose de glyphosate necessária para controlar 50% das plantas (C50) e da biomassa (GR50) da população com suspeita de resistência foi, respectivamente, quatro e três vezes mais elevada que necessária para a população suscetível. O acumulo de massa seca (g) e de macronutrientes (mg) para o biótipo resistente manteve-se maior comparando-o em um mesmo período de tempo que o suscetível. Na cinética de absorção de nutrientes, pelos parâmetros morfológicos, o perfilhamento e o acúmulo de massa seca total foram mais elevados nos biótipos suscetíveis. A velocidade máxima de absorção (Vmax) e a constante de Michaelis-Menten (Km) para o nutriente N diferiu entre os biótipos, indicando maior eficiência de absorção do nutriente pelo biótipo resistente. Pelos resultados obtidos, nas duas concentrações de CO2 estudadas, o crescimento do biótipo resistente foi mais elevado em relação ao suscetível. A resposta do controle após aplicação de glyphosate evolui de maneira mais rápida quando as plantas do biótipo suscetível cresceram em 800 ppm. A fotossíntese, a eficiência no uso da água e a atividade das enzimas APX e SOD foram mais elevadas quando os biótipos cresceram em 800 ppm, contudo, o acréscimo de CO2 no ambiente (800 ppm) incrementou significativamente a eficiência do uso da agua e o sistema antioxidante das plantas resistentes ao glyphosate. |