Análise morfológica dos músculos reto abdominal e estriado uretral de ratas prenhes diabéticas submetidas a exercício em ambiente aquático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Catinelli, Bruna Bologna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191822
Resumo: Introdução: O Diabete Mellitus Gestacional (DMG) é complicação comum na gestação e trabalhos recentes têm demonstrado que independentemente do nível glicêmico, há falha na manutenção da saúde muscular denominada Miopatia Diabética. Resultados de pesquisas evidenciaram alterações morfológicas importantes no músculo reto abdominal (MRA) e estriado uretral de ratas prenhes diabéticas sedentárias. Dessa forma, é fundamental avaliar a potencialidade do programa de exercício em ambiente aquático para regeneração do MRA e do músculo estriado uretral de ratas prenhes com diabete moderado para subsidiar a aplicação clínica em humanos. Objetivo: Analisar o efeito do exercício em ambiente aquático sobre o MRA e músculo estriado uretral de ratas prenhes com diabete moderado, por análises morfológicas. Material e Método: No primeiro dia de vida, ratas de linhagem Wistar foram submetidas à indução do diabete moderado por Streptozotocin (100 mg/kg, via subcutânea). Aos 90 dias de vida foi realizada medida de glicemia, considerando diabéticas as ratas que apresentaram nível glicêmico entre 120-300 mg/dL e normoglicêmicas <120 mg/dL. Iniciou-se o acasalamento, e no dia zero de prenhez as ratas foram distribuídas entre os grupos não diabético sedentário (NDS), não diabético exercitado (NDE), diabético sedentário (DS) e diabético exercitado (DE). O exercício aquático teve início no dia zero de prenhez e foi realizado durante todo o período (60 minutos/dia, 6 dias/semana). No 21º dia de prenhez, o MRA e estriado uretral foram retirados para análise morfológica (Hematoxilina-Eosina, Picrossirius Red, Tricrômico de Masson e Microscopia Eletrônica de Transmissão) e morfométrica das fibras musculares e da matriz extracelular. Foi considerado limite de significância <0.05. Resultados: Nossos resultados mostraram que no MRA houve diminuição da área de músculo ocasionada pelo diabete moderado (p<0,01), sendo que o grupo DE não apresentou aumento deste parâmetro, ou seja, o protocolo de exercício utilizado não reverteu tal alteração. A análise ultraestrutural mostrou ruptura de sarcômeros em ambos os grupos diabéticos e aumento de mitocôndrias intermiofibrilares em ambos os grupos exercitados. Em relação ao músculo estriado uretral, foi encontrado apenas diminuição da área de vasos sanguíneos nos grupos DS comparado ao NDS (p<0.0001), NDE comparado ao NDS (p<0.0001) e DE comparado ao DS e NDE (p<0.0001). A análise ultraestrutural mostrou áreas de ruptura de sarcômeros no grupo DS, alteração não observada no grupo DE. Conclusão: O diabete moderado resultou em alterações estruturais e ultraestruturais no MRA, sendo que o protocolo de exercício não reverteu tais alterações. Apesar de não ter sido evidenciado alterações morfométricas no músculo estriado uretral, a diminuição da área de vasos sanguíneos resultante do diabete moderado e do exercício podem causar alterações vasculares com potencial para impactar diretamente no músculo esquelético. Mais estudos precisam ser realizados para que seja desenvolvido o protocolo de exercício mais eficiente para tratamento da miopatia diabética.