Atividades de estimulação da consciência fonológica por meio de um livreto destinado a alunos com deficiência auditiva/surdez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Yoshida, Maria Carolina Cabestre Gamba [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150734
Resumo: Sabe-se que a consciência fonológica, uma das estruturas da metalinguística, é preditora de um letramento com sucesso para pessoas com ou sem deficiência e assim o é, para a pessoa com deficiência auditiva/surdez. A pessoa com deficiência auditiva que faz uso da abordagem oral, se fizer acompanhamento adequado, poderá desenvolver a consciência fonológica, tal qual um ouvinte e a pessoa com surdez, por sua vez, que faz uso de uma língua de sinais, se estiver em contato com a mesma desde a mais tenra idade, terá uma percepção fonológica das estruturas mínimas de sua língua visuoespacial. Uma aliada tanto da promoção da consciência fonológica, quanto do letramento, é a contação de histórias. Portanto, este trabalho objetivou, por meio de um livreto composto por narrativas curtas, incentivar o ensino de estruturas da consciência fonológica de forma lúdica, pela contação de histórias ou leitura a ser realizada por professores de alunos com deficiência auditiva/surdez em sua prática docente; também buscou verificar a usabilidade de tal livreto e suas respectivas instruções, pelo viés do professor. As instruções foram elaboradas seguindo a perspectiva vigotskiana, em que o professor ensina e dá feedback ao aluno em seu momento de mediação. Participaram dessa pesquisa, onze professores cursistas do Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA, plataforma Moodle Rede de Formação (Redefor), e cinco professores de uma cidade de médio porte do interior do estado de São Paulo; nove alunos com surdez e sete com deficiência auditiva. Os professores, após receberem o livreto e confirmarem a participação, responderam a um questionário por meio do “drive - formulários do google” sobre a usabilidade do livreto, e três instruções I, II e III de atividades de detecção de estruturas da consciência fonológica, destinadas aos alunos com deficiência auditiva/surdez, bem como procurou caracterizar esses alunos. Pelas análises das respostas constatou-se como resultado, que 100% dos professores consideraram o livreto “útil” e possível de ser aplicado aos alunos indistintamente; quanto às Instruções I, 54% dos alunos atentaram para a sonoridade das palavras e em relação às Instruções II e III, 36% dos alunos com surdez perceberam a repetição de sinais semelhantes.As respostas também revelaram que dos 67% dos alunos que apresentaram maiores dificuldades na leitura e escrita eram em sua maioria alunos com surdez; 59% precisaram de “auxílio” para responder questões referentes às narrativas; 51% dos alunos com deficiência auditiva estavam no Ensino Fundamental I e dos com surdez, 38% no Fundamental II e 50% no Ensino Médio, apontando certa discrepância nesses últimos dois grupos, por ainda se encontrarem em fase de letramento,segundo os professores; constatando-se a necessidade de se alertar profissionais das áreas de Educação, saúde e familiares sobre a urgência de procedimentos de ensino e de reabilitações no que se refere à aquisição de linguagem, seja ela a língua de sinais ou a língua oral, bem como a utilização de atividades que envolvam “consciência fonológica” no letramento.