Consciência fonológica e sua relação com a escrita: pistas de consciência fonológica da rima silábica na escrita de crianças estudantes de terceiro ano do Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Duarte, Zulmira Alessandra Barckfeld
Orientador(a): Alcântara, Cíntia da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3727
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo investigar a consciência fonológica da rima silábica e sua relação com a escrita, a partir das pistas dessa consciência em dois grupos de crianças, repetentes e não repetentes, estudantes do 3º ano de uma escola pública da cidade de Pelotas/RS, estabelecendo, pois, um comparativo entre os níveis de CF de ambos os grupos. Para tanto, partiu-se da hipótese de que as crianças não repetentes tendem a apresentar melhor desempenho nas tarefas aplicadas. A metodologia foi composta por três etapas: (i) aplicação de teste de consciência fonológica, a partir do CONFIAS, Consciência Fonológica Instrumento de Avaliação Sequencial (MOOJEN et al., 2003); (ii) atividade de ligar os pares das figuras que rimam; (iii) atividade de escrita das palavras que rimam ao lado de seus respectivos pares. Após a coleta, os dados foram transcritos e analisados na ordem em que foram coletados: a) teste de CF, b) liga da relação de palavra e c) escrita de palavras. Os dados referentes às três modalidades de coleta foram analisados individualmente para posterior comparação, à luz das teorias da Sílaba (SELKIRK, 1982) e da Geometria de Traços (CLEMENTS e HUME, 1995). Quanto à aplicação do CONFIAS, os resultados revelaram que ambos os grupos investigados demonstraram índices de acertos semelhantes, visto que a diferença entre um grupo e outro é pouco significativa. Em relação às tarefas do instrumento, observou-se que os sujeitos manifestaram maior dificuldade nas tarefas relativas ao nível do fonema, indo ao encontro da literatura da área (GOMBERT, 1992; FREITAS, 2004; SILVA e CAPELLINI, 2009, dentre outros). Sendo assim, as tarefas relativas ao nível intrassilábico são consideradas complicadas para ambos os grupos. Considerando-se os dados gerais, nas atividades de ligar os pares de rimas silábicas com codas em /R/, /l/ e /s/, constatou-se que os alunos não repetentes apresentaram escores de acertos mais elevados, se comparados aos repetentes. A análise dos dados apontou, ainda, que existe uma relação entre a CF e a aquisição da escrita, já que os alunos não repetentes revelaram um melhor desempenho no teste de CF e um menor número de erros na escrita. Concluiu-se, portanto, que as crianças não repetentes apresentam desempenho em CF superior aos repetentes, bem como o fato de que a consciência fonológica desempenha papel fundamental na aprendizagem da escrita.