Arte sem fronteiras. Londres, Berlim, São Paulo e Rio de Janeiro: olhares estéticos e capitalistas sobre as células do poder lícito e ilícito (séculos XVIII e XX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Rocha, Denise [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103675
Resumo: O objetivo desse estudo é fazer um rastreio da história do gosto do leitor-comum, do leitor-autor e do leitor-adaptador através dos séculos, e apresentar a possibilidade de diálogo estético e histórico internacional por meio da análise da natureza da dramaturgia e suas relações com as outras artes -ópera, música e dança-, e com aspectos da encenação e da carpintaria teatral, reflexões baseadas na teoria da estética da recepção, conforme Thomas Bleicher, Hannelore Link, Alois Wierlacher, Dietrich Krusche e Reinold Werner. Para isso, será feito uma análise e pesquisa da viagem internacional através dos continentes de The Beggar's Opera, de John Gay (1728), uma moderna saga de anti-heróis, que ultrapassou a barreira da temporalidade e dos idiomas, e que reflete um processo de odisséia satírica, iniciado na Londres georgiana do início do século XVIII, com chegada triunfal até o século XX, com recepções produtivas: Die Dreigroschenoper [A Ópera de Três Vinténs], de Bertolt Brecht (1928), na Berlim weimariana da década de 20; A Ronda dos Malandros, de Carla Civelli e Maurício Barroso, na São Paulo e seu mecenato industrial na passagem dos anos 40 aos 50; e Ópera do Malandro, de Chico Buarque (1978), no Rio de Janeiro militar dos anos 70, obras com nuances de nacionalismo, cosmopolitismo e universalismo, apoiadas nas idéias da incompreensível exploração humana do ciclo predatório (homo homini lupus) e da desumanizada exploração capitalista.