Índices de erotismo no discurso machadiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Matos, Edinaldo Flauzino de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134342
Resumo: Na presente pesquisa elegemos determinados traços isotópicos que confirmam a presença dos “Índices de erotismo no discurso machadiano”. A proposta de Tese incidiu numa leitura interpretativa das vicissitudes eróticas manifestas sob profundos sentimentos de erotismo nas mais variadas formas. No recorte proposto, analisamos, na prosa machadiana, os desdobramentos dos interditos eróticos que se formam no contexto da sensualidade e do jogo da sedução. Assim, indagamos a temática erótica, no decurso dos contos e romances do corpus temático selecionado, através dos princípios essenciais da análise interna das narrativas. Deste modo, na leitura dos textos machadianos, buscamos sorver palavra por palavra, dita e não-dita, perscrutando seus sentidos visíveis e ocultos, sugeridos e dissimulados por meio de signos semióticos contextualizados em seus ambientes, situações e condições que incidem dos subsídios textuais apreendidos na hipótese erótica que investigamos. Os instrumentos teóricos que contribuíram na efetivação desta pesquisa estão coligados às referências bibliográficas a respeito da obra machadiana afim ao tema em análise. Acresce também que este estudo está inter-relacionado aos pensamentos de autores que defenderam pressupostos teóricos literários, ideológicos, filosóficos e psicanalíticos na busca de possíveis interpretações dos enigmas eróticos pelos quais a condição humana é confrontada. Assim, o erotismo em Machado de Assis, não escancara e, sim, insinua-se; e está constituído entre a sobriedade e a leveza até os limites da morbidez em contiguidade a uma ironia latente. A proposição erótica não é vulgarizada e nem é composta sob a conjuntura da gratuidade, pois o autor ajusta causa e efeito. O erotismo é paradoxal, pois não se mostra em plenitude e nem se esconde em sua essência. É concluso que os índices eróticos assumem variadas formas, por isso apreendem o corpo em conjunto às ideias, ou seja, Machado de Assis desnuda seus personagens física e psicologicamente cuja razão predominante refreia os arroubos passionais gratuitos sem o prejuízo descritivo dos fatos narrados no que diz respeito aos desejos radicados tanto ao corpo, (vertical) quanto à especulação psicológica, a consciência, (horizontal).