Estudo etnobotânico de plantas alimentares cultivadas por moradores da periferia de Santo Antonio de Leverger, MT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cultrera, Mirella [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93476
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar se moradores da periferia de uma pequena cidade de interior cultivam plantas alimentares e em que medida mantêm relações com as áreas rurais. Para tanto, foi feito um levantamento etnobotânico das plantas alimentares cultivadas por moradores de cinco bairros da periferia de Santo Antonio do Leverger, MT, identificando a origem dos materiais de plantio e doações dos mesmos, as áreas de cultivo estabelecidas pelos moradores, bem como os aspectos sócio-econômicos relacionados com a prática agrícola. Foram feitas duas amostragens: a primeira aleatória, de 135 domicílios, e a segunda através da Análise por Julgamento, onde 30 unidades familiares foram escolhidas por terem alguma área sendo constantemente manejada. Verificou-se que os moradores cultivam plantas alimentares em quintais, terrenos, roças na “praia” e roças em “campo fora”, sendo comum o cultivo em mais de uma área por família, principalmente pelos entrevistados da segunda amostra (50%). Foram encontradas pelo menos 93 espécies de plantas pertencentes a 38 famílias botânicas, sendo as mais freqüentes: Anacardiaceae e Rutaceae. As plantas alimentares encontradas em maior número de domicílios foram a mandioca (Manihot esculenta Crantz.) (n=30) e a banana (Musa spp) (n=27). Foram citadas mais plantas perenes (68%) para quintais, ao contrário dos terrenos e roças, onde as anuais foram mais citadas (56% e 81,3%, respectivamente). A maioria das plantas cultivadas nas unidades familiares (n=696) teve origem externa e foram obtidas principalmente através da rede social (n=353) e mercado (n=208); outras foram originadas de plantas já cultivadas pelas famílias (n=246). A maior parte das aquisições (84,5%, n=583) e das doações (85%, n=205) ocorreram dentro do município, principalmente dentro da área urbana, mas houve trocas com a área rural...