Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mussi Neto, Dibo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152959
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo propor uma leitura para a obra O amor natural (1992), de Carlos Drummond de Andrade, a partir da relação entre os temas do erótico, da morte e do sagrado. No prefácio ao livro, intitulado O erotismo nos deixa gauche?, Affonso Romano de Sant’Anna nos exorta que, com a publicação destes poemas, temos a possibilidade de uma maior compreensão da poesia drummondiana de um modo geral. Sendo assim, buscamos em uma leitura panorâmica no conjunto da obra do poeta identificar como o tema do amor se configura. Nesse percurso, deparamo-nos com as inquietudes dessa poesia, já apontadas por Candido (1965), e compreendemos que no livro em análise elas se prolongam. Diante da inseparabilidade percebida entre os temários amoroso e erótico, que aparecem em toda sua produção poética, e que ganha força em sua produção final, culminando no livro que ora analisamos, buscamos nas confluências entre Georges Bataille (1987) e Octavio Paz (1995) uma definição para o erotismo. Para Bataille (1987), “o erotismo é a aprovação da vida até a morte” e está diretamente ligado a uma transgressão, no domínio da violação. Em Paz, encontramos que é uma atividade exclusivamente humana: é sexualidade socializada e transfigurada pela imaginação e a vontade dos homens. Sendo assim, aproximamos em nossa leitura os temas do Erotismo, da Morte e do Sagrado e percebemos que eles se tangenciam dentro do processo de criação das imagens eróticas drummondianas. Ao traçar essas ligações, entendemos, por meio da linguagem, que aparece agressivamente saudável e elevada para cantar o ato amoroso, que Drummond se inscreve com seus poemas eróticos em uma tradição que perpassa todos os tempos, alcançando uma ascese. |