Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Alex |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181156
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Resumo: |
De maneira sintética, vislumbramos realizar uma investigação sociológica acerca da construção da identidade do sujeito bandido e do mundo do crime no Brasil. Para isso, nos apoiaremos nas teorias que partem dos estudos sobre modernidade e identidade desenvolvidos por autores como: Ulrich Beck, Anthony Giddens, Stuart Hall, dentre outros. Em nosso entendimento, estes autores observam que as sociedades atuais vivem um processo de radicalização da modernidade que desencadeia transformações econômicas, políticas, culturais e sociais profundas. A partir dessas análises intentamos compreender como as transformações oriundas do processo de modernização interferem na configuração das identidades construídas tendo o mundo do crime como um de seus referenciais axiológicos, possibilitando aos sujeitos assumirem a identidade criminosa como sua identidade social, apoiados na organização das atividades criminosas, cujo grau de sofisticação pode ser observado na atuação das facções nos grandes centros urbanos brasileiros. Após a discussão acerca da modernidade e suas transformações a tese seguirá o seguinte curso: primeiro faremos um resgate histórico biográfico de bandidos com trajetórias de destaque no cenário nacional. Tal resgate será feito através de arquivos da imprensa sobre esses sujeitos e obras biográficas e/ou autobiográficas que possuam como enredo a atuação desses criminosos para que, a partir desse material analisemos as trajetórias individuais e contextualizemos essas trajetórias com o momento histórico, político e social de cada personagem. Esperamos com isso compreender os processos de construção identitária que envolviam os bandidos biografados. Geograficamente, esses personagens estão limitados às cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, pois ao considerarmos a sofisticação da organização do crime, estamos colocando em cena a capacidade do mundo do crime em se articular, cooptando a população de uma determinada comunidade em nome de uma aparente manutenção da ordem, assumindo o papel de grupo detentor do poder local, fenômeno que pode ser observado tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Trabalhamos com a seguinte hipótese: a criminalidade tornou-se uma possibilidade de construção identitária e uma opção de estilo de vida válido diante do caos provocado pela pluralidade de estilos de vida dispostos pelas transformações da modernidade, que fragmenta e desloca as identidades das estruturas sociais. Desta forma, optar por construir uma identidade tendo o crime como referencial significa escolher um estilo de vida coletivo que aponte caminhos e normas capazes de reger a vida em sociedade. |