Entre vozes e digressões: uma leitura de Um tal Lucas (1979), de Julio Cortázar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Juknevicius, Lucas Fernando Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180679
Resumo: Este trabalho consiste numa leitura da obra Um tal Lucas (1979), de Julio Cortázar. Embora a produção cortazariana seja vasta e bastante explorada, o título em pauta não figura entre os mais abordados, fator que motivou a realização do presente estudo. Assim, o objetivo geral é discutir pontos importantes da construção narrativa, realizando uma leitura de forma a conjugar as várias partes do livro como sendo componentes de uma obra única, a partir da discussão de elementos como as configurações do narrador e suas vozes, a digressão como recurso literário, as referências intertextuais e a autorreferenciação, dentre outros aspectos. O aporte para as reflexões perpassa os trabalhos de Davi Arrigucci Jr. (1973), Saúl Yurkievich (1980), Roland Barthes (2012; 2017), Mikhail Bakhtin (2010; 2011), Oscar Tacca (1983) e Umberto Eco (1994), a fim de pensar a questão dos gêneros textuais e das vozes, e examinar como o corpus, de forma criativa, maneja os temas que apresenta. Como resultado, numa perspectiva mais ampla, o trabalho tenciona trazer a obra à luz, conferindo-lhe um lugar de maior evidência na bibliografia de Cortázar. Além disso, o estudo revela a engenhosidade na construção de Um tal Lucas descontruindo as barreiras convencionais dos gêneros, dos sujeitos e da escrita.