As relações estéticas entre Blaise Cendrars, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral no Modernismo Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araujo, Natalia Aparecida Bisio de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234534
Resumo: O objetivo principal deste trabalho é examinar as relações estéticas que se estabeleceram entre Blaise Cendrars, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, assim como detectar a contribuição dos ideais de Vanguarda e da relação do poeta europeu com os brasileiros para a elaboração do projeto artístico nacional do casal modernista. As obras produzidas no maior período de contato entre os três artistas, corpus principal deste trabalho, Feuilles de Route, Pau-Brasil, os croquis de Tarsila para ambos os livros e as telas Pau-Brasil, revelaram que Cendrars foi responsável pela articulação entre a Vanguarda europeia e a estética modernista empreendida por Oswald e por Tarsila. De modo geral, o contato de Cendrars com os modernistas foi profícuo para nossa produção artística: o poeta acaba se tornando um membro ante litteram do Modernismo pelo seu sodalício com vários artistas envolvidos no movimento, cumprindo o papel de reafirmar o potencial que o Brasil tinha como fonte para inovar as obras nacionais. Sob os signos do primitivismo, uma das principais correntes vanguardistas da década de 1920, se entrelaçam as obras dos três artistas: a linguagem poética e pictórica sintética e despojada, contrária às convenções da tradição, que revela o retrato de um Brasil “primitivo”; exótico, para Cendrars; nativo e original para Oswald e Tarsila. É também por meio da escrita de viagens, da linguagem telegráfica, do ready-made, da ligação entre poesia e pintura que igualmente se sustentam os diálogos estéticos entre os autores. A fim de alcançar o objetivo principal deste trabalho, realizou-se uma análise comparada entre as obras de Blaise Cendrars, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, com embasamento em teorias da poesia, da literatura comparada e intertextualidade, da pintura e de obras da fortuna crítica que contemplam os três artistas e a história de suas relações. Os estudos também se fundamentam na constituição da arte moderna, das estéticas das Vanguardas e das características assumidas pelo Modernismo brasileiro.