A obra poética de Blaise Cendrars: uma expressão das vanguardas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araujo, Natalia Aparecida Bisio de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150609
Resumo: A observação dos meios pelos quais a obra de Blaise Cendrars se transformou na expressão dos movimentos de vanguarda foi a intenção principal do presente trabalho. A escolha do escritor para o estudo das vanguardas reflete o modo como sua vida e obra foram representativas do espírito do mundo e da arte modernos. O embasamento teórico deste trabalho deu-se a partir de teorias e críticas da poesia em geral, para verificar a constituição da modernidade e a caracterização estética das vanguardas. La Prose du Transsibérien et de la Petite Jehanne de France, corpus central desta pesquisa, é um dos textos que mais exemplifica a estética das vanguardas dentro da obra do poeta, pois o conjunto de recursos estilísticos e artísticos empregados pelos autores, Blaise Cendrars e Sonia Delaunay-Terk, constituíram-na como um paradigma dos movimentos vanguardistas, tornando-a revolucionária entre as artes no início do século XX. Não só La Prose foi representativa das vanguardas, mas também outros títulos de Cendrars consolidaram-se como manifestações desses movimentos. Em toda a obra do poeta evidenciou-se uma forte ligação com as vanguardas, tanto no plano temático, com a presença das inovações vivenciadas pela sociedade do início do século XX, o culto à máquina e à velocidade; quanto no estético, com a aplicação de algumas técnicas vanguardistas: as palavras em liberdade; a valorização da visualidade dos versos, por meio da expressividade da tipografia e da disposição das palavras pela página; a colagem; a quebra de fronteiras entre os gêneros – poesia, prosa, fala cotidiana, pintura e música; o uso inovador da pontuação, que não obedece às normas da gramática, mas os efeitos rítmicos almejados pelo poeta; as imagens arquitetadas em diversos planos de visão fragmentados, superpostos e simultâneos, segundo a técnica cubista; e os versos livres. Desse modo, concluiu-se que a obra poética de Cendrars é representativa da estética das vanguardas.