"Eu sou esse, eu sou aquele": personagens midiáticos representados por crianças de educação infantil na hora do brincar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batista, Adriele Cristine de Freitas [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194169
Resumo: O presente relatório, inscrito na linha de pesquisa “Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem” do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Presidente Prudente, teve por objetivo geral identificar e analisar no brincar de crianças da Educação Infantil o papel social assumido por elas nas brincadeiras e suas relações com os personagens midiáticos. A fim de responder ao objetivo geral foram elencados três objetivos específicos, sendo eles: identificar e analisar no momento do brincar de crianças pré-escolares suas brincadeiras, com o que brincam e como brincam; verificar no brincar de crianças a presença ou ausência de personagens midiáticos; e identificar e analisar os personagens que as crianças consideram que gostam mais e os motivos que levam a essa identificação. O estudo é justificado a partir da relevância da temática por se tratar de um fenômeno que em pouco tempo ganhou espaço considerável na forma de interação dos sujeitos, especialmente na dinâmica das crianças com seus pares em função do conteúdo acessado. A pesquisa assumiu uma abordagem qualitativa do tipo descritivo explicativo, na qual teve como objetivo explicar a relação entre os personagens midiáticos com o brincar de crianças por meio de métodos de observação participante em uma escola pública de um município localizado no oeste paulista. A coleta dos dados contou com o total de dezoito encontros numa turma de Pré II em período vespertino, composta por 22 alunos de cinco anos de idade, sendo 12 meninos e 10 meninas. As participantes foram observadas e os dados registrados em um diário de campo que posteriormente foram transcritos para o documento em Word. A análise do material seguiu os critérios da análise de conteúdo de Bardin (2016). O estudo sinalizou para o fato de que as crianças participantes possuem repertório significativo em relação ao conteúdo midiático, mas não de exclusividade cinematográfica. Foi possível por meio da observação do brincar e de conversas informais com as participantes reconhecer que a elas são acessíveis diferentes veículos de mídia como a televisiva e as redes de internet, onde são transmitidos desenhos animados, filmes e canais de Youtube. Dessa forma, os resultados da pesquisa apontam que as crianças encontram no personagem a possibilidade de interagir, e principalmente, de materializar a ideia cultivada pela narrativa. Isto significa que quando a história desperta a curiosidade da criança por meio da fantasia exposta na narrativa midiática, há também o despertar da identificação, do desejo em vivenciar as situações unicamente do mundo fictício.