Otimização da seleção de cepas potencialmente probióticas para terapia Personalizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Eliane Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204398
Resumo: Introdução: A ingestão de probióticos, prebióticos, o transplante de microbiota fecal e o transplante de consórcio bacteriano são as principais estratégias utilizadas para modular a microbiota intestinal (MI) humana e prevenir ou tratar diferentes doenças intestinais. Entretanto, os efeitos de tais tratamentos são inconsistentes, provavelmente devido à resiliência desse complexo ecossistema e às características genéticas do hospedeiro. Objetivo: Otimizar a seleção e caracterização de cepas potencialmente probióticas, a partir de amostras fecais de crianças saudáveis e a construção de um “banco de microbiota” individualizado para terapia personalizada. Metodologia: As cepas bacterianas comensais foram isoladas das fezes de crianças (n=5), com idades entre dois e seis anos, por plaqueamento em meios seletivos. Posteriormente, foi realizada a caracterização das cepas isoladas pela técnica de amplificação aleatória de DNA polimórfico (RAPD-PCR), coloração de Gram, teste de catalase, sequenciamento do gene 16S rRNA, teste de resistência a condições gastrointestinais simuladas e suscetibilidade a antibióticos. Resultados: Foram isoladas cepas pertencentes aos gêneros Enterococcus 45% (E. faecium, E. faecalis, E. avium, E. Hirae e E. galinarrium), Lactobacillus 31,7 % (L. paracasei e L. rhamnosus), Leuconostoc 12,7% (L. lactis), Weissella 7,9% (W.confusa) e Streptococcus 3,2 % (S. salivarius). Todas as cepas se mostraram altamente resistentes às condições gastrointestinais simuladas, com redução máxima de 1,4 log10 UFC / mL e população final entre 9 e 8 log10 UFC / mL e foram sensíveis a pelo menos três antibióticos (ampicilina, cloranfenicol e ciprofloxacina). Após identificar e garantir o atendimento aos critérios mínimos para cepas potencialmente probióticas, as mesmas foram armazenadas em bancos individuais de células microbianas, por criopreservação a -80 °C. Conclusão: A criação de bancos de células microbianas potencialmente probióticas individualizados, a partir de amostras de fezes humanas, se mostrou viável para a população estudada e representa uma opção promissora para o tratamento personalizado de doenças relacionadas à disbiose.