Diagnóstico geofísico para identificação de zonas de fluxo em uma barragem de contenção de rejeitos de mineração de urânio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Arcila, Erika Juliana Aldana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dam
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192162
Resumo: Uma barragem de rejeitos é constituída por uma barreira física, cuja função é a acumulação de produtos residuais do processo industrial de beneficiamento mineiro. Os métodos de projeto para barragens de rejeitos diferem das barragens de retenção de água pela construção do barramento em diferentes etapas. Deste modo, os problemas de estabilidade em uma barragem são de grande importância, principalmente quando se trata de barragens construídas para armazenamento destes rejeitos de mineração, uma vez que a possibilidade de falhas não apenas ameaça a segurança das pessoas e da propriedade industrial, mas também pode causar impactos ambientais substanciais. No Estado de Minas Gerais, aproximadamente 30 km a sudoeste do município de Caldas, está localizada a Mina Osamu Utsumi de responsabilidade das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), a qual tem um sistema para contenção de rejeitos provenientes da exploração e processamento de urânio, atualmente desativado. O Sistema consiste em uma barragem de rocha e terra a qual apresenta a existência de surgências no maciço rochoso à jusante do barramento, cujo fluxo ocorre em sistema fraturado. O objetivo do trabalho é reconhecer possíveis zonas de fluxo no interior e na base da barragem por meio de um conjunto de ensaios geofísicos de eletrorresistividade adquiridos com a técnica de tomografia elétrica através de modelos de inversão 2D e modelamento 3D. Foram adquiridas 5 linhas de tomografia elétrica com espaçamento entre eletrodos de 6 m e o arranjo utilizado no estudo foi o Schlumberger. Os resultados são apresentados a partir de imagens geofísicas 2D e 3D com valores de resistividade elétrica medida e modelada, onde foi possível identificar uma zona de baixa resistividade cuja continuidade estrutural indica infiltração da água no maciço rochoso abaixo da barragem. Os resultados não mostraram evidências de piping no interior do barramento o qual diminui o risco na estabilidade geotécnica e integridade física da barragem.