Autismo, psicose e musicalidade: o faz(s)er do sujeito e sua legitimação no laço social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Bruno Gonçalves dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150043
Resumo: Seguindo a perspectiva da teoria psicanalítica de Freud e Lacan, este trabalho discorre sobre a musicalidade e suas implicações na constituição psíquica do sujeito, considerando as peculiaridades acerca da dinâmica psíquica que ocorre no autismo e na psicose, demonstrando a possibilidade de fazer laço social. Segundo nossos desdobramentos, a musicalidade mantém em si a relação primordial do significante que não foraclui o Real, evidenciando um processo de encadeamento significante ainda anterior à produção de significação imaginária. Neste sentido, Lalangue e Sinthoma, sendo produções de relação significante do sujeito que mantêm em si a elementaridade do Real, demonstram uma via de intervenção pela via da musicalidade para a produção de um discurso sonoro, mesmo que sem significação, mas que faça mediação ao laço social. Nos sujeitos que não foracluem o Real, a via de evanescência do sujeito não está entre os significantes, e sim na dimensão do ato, do non sens que traz a marca do corpo Real através da enunciação, mesmo que sem fala. A essa condição de o sujeito evanescer no ato que evidencia o Real do significante, denominamos faz(s)er, como alternativa ao falasser do sujeito falante. Nossas discussões apontam que por meio da intervenção da musicalidade sobre Lalangue e Sinthoma é possível a constituição de um faz(s)er do sujeito como produção de significantes no Real que atuam como discurso de enunciação, não só fazendo laço social mas também legitimando o sujeito na condição autista e de estrutura psicótica em seu modo de existência psíquica.