Análise de custos dos medicamentos apropriados e inapropriados das prescrições médicas de idosos internados em hospital escola.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dias, Flávia Camila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182311
Resumo: Introdução: A prescrição de Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPIs) possuem aspectos relevantes em idosos juntamente com a prevalência de automedicação, interações medicamentosas, reações adversas e polifarmácia, sendo, portanto, necessário utilizar medidas que proporcionem o uso racional destes medicamentos nessa população, além de elaborar medidas que possibilitem a diminuição de custos relacionados à essa prática para as Instituições de Saúde. Objetivo: Analisar os custos diretos das prescrições medicamentosas de idosos internados em enfermaria de Clínica Médica e comparar os custos das prescrições com e sem medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) para idosos. Metodologia: Estudo observacional retrospectivo descritivo, realizado em enfermaria de Clínica Médica de hospital universitário público de nível terciário. Foram analisadas as prescrições de 124 idosos com 60 anos ou mais, internados por condições clínicas. Os dados das prescrições foram coletados por meio do sistema de prontuário eletrônico da instituição. Os custos das prescrições foram obtidos junto à Seção Técnica de Farmácia de acordo com a tabela de preço unitário do ano vigente de 2018, sendo realizada a somatória total dos custos de toda internação. Os medicamentos foram considerados MPI segundo critérios de Beers de 2019 da American Geriatrics Society. Resultados: Foram avaliadas prescrições de 124 pacientes com mediana de idade de 74,6 (percentil 25 – 75: 69 – 81) anos, sendo 60,5% do sexo masculino. A mediana do número de medicamentos prescritos da internação foi de 12, fator importante para exposição a MPI e reações adversas. Continham MPI 66,1% (82) das prescrições. Os custos das prescrições com MPI tiveram mediana de R$ 418,80 (P 25 – 75: 174,20 – 775,45) e de R$ 205,00 (P 25 – 75: 76,10 – 474,97) quando sem MPI (p = 0,002). Na análise dos custos das prescrições com MPI e evolução (alta ou óbito) observou-se diferença estatisticamente significativa (p = 0,009), sendo maior no segundo grupo. Houve correlação positiva entre custo total e tempo de internação com significância estatística (IC de Pearson = 0,450, p=0,000) ou seja, quanto maior o tempo de internação maior o custo. Discussão: Neste estudo 66,1% dos idosos tiveram prescrição com MPI. Esse percentual é maior que o observado em outros estudos realizados em ambiente hospitalar. Os achados indicam que indivíduos expostos ao uso de MPI apresentam maiores custos nas prescrições, esses dados foram Resumo 3 semelhantes a outros estudos já realizados. A elaboração de protocolo clínico juntamente com a inserção do farmacêutico na equipe multidisciplinar são ferramentas auxiliadoras para redução dos medicamentos inapropriados prescritos e custos nas prescrições na Instituição. Conclusão: Observou-se que os custos diretos das prescrições com MPI foram maiores que as sem MPI. Para evitar resultados negativos associados aos custos com MPI os profissionais de saúde devem centrar o cuidado nas necessidades de saúde e valores do paciente, onde o cuidado deve ser personalizado e a intervenção desse evento pode ser evitada por meio de protocolo clínico estabelecido como ferramenta auxiliadora na prescrição médica para essa população.