Avaliação Cognitiva de Idosos Em Uma Instituição de Longa Permanência de Botucatu: Estudo Transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bremenkamp, Mariana Gegenheimer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183423
Resumo: Introdução: Há poucos estudos com qualidade metodológica que avaliam o perfil dos idosos institucionalizados, porém, estes observam alta prevalência de déficit cognitivo. Conhecer a prevalência de déficit cognitivo desta população poderá ampliar as discussões acerca da necessidade de estruturação da rede de cuidados. Objetivo: Avaliar a prevalência de déficit cognitivo em idosos residentes em Instituição de Longa Permanência. Métodos: Estudo transversal realizado entre maio de 2018 e janeiro de 2019, no Lar Padre Euclides, em Botucatu. Foi realizada avaliação quanto a capacidade funcional (escalas de Katz, Lawton e Pfeffer), cognição (Mini Exame do Estado Mental - MEEM) e sintomas depressivos (Escala de Depressão Geriátrica - GDS). Portadores de demência foram classificados quanto a gravidade pelo Clinical Dementia Rating (CDR). Foram realizadas análises descritivas, testes de associação (teste Exato de Fisher e t-Student) e de correlação (teste de Pearson), sendo estatisticamente significativo quando p-valor < 0,05. Resultados: A amostra avaliada foi de 52 idosos, com média de idade de 77,90 (± 8,82) anos, 55,8% do sexo feminino. 96,2% (n=50) apresentavam déficit cognitivo pelo MEEM, sendo que apenas 30% (n=15) possuíam o diagnóstico prévio de demência. Dos 35 portadores de déficit cognitivo sem diagnóstico prévio, 77,1% apresentavam algum grau de dependência funcional. Dentre os portadores de demência (n=15), 60% estavam em estágios moderados ou graves, segundo o CDR. 41 idosos com déficit cognitivo foram avaliados com GDS, e, destes, 36,5% apresentavam sintomas depressivos. Discussão: Os achados discrepantes entre a prevalência de demência relatada em prontuário e de déficit cognitivo com comprometimento funcional sugerem subdiagnóstico de demência, e a alta prevalência de portadores de demência em estágios mais avançados reforça a necessidade de capacitação da equipe para o cuidado. Embora a presença de sintomas depressivos possa interefir na avaliação cognitiva, não foi possível estabelecer relação causal entre as variáveis (cognição e sintomas depressivos), sendo necessário mais estudos. Conclusão: Os achados reforçam a necessidade de desenvolvimento de protocolos para diagnóstico precoce de déficit cognitivo pela equipe de assistência e para a estruturação da rede de cuidados, visando melhoria da assistência à saúde.