Cachaceiro e raparigueiro, desmantelado e largadão!: uma contribuição aos estudos sobre homens e masculinidades na região nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Honório, Maria das Dores [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106233
Resumo: A presente tese sobre a masculinidade nas canções do forró eletrônico na região Nordeste do Brasil é uma contribuição aos estudos sobre homens e masculinidades sob uma perspectiva das relações de gênero. A partir da análise de algumas canções de forró eletrônico, objetiva-se desenvolver uma reflexão sobre os modelos de masculino e feminino transmitidos nestas músicas e como as relações entre os gêneros estão colocadas, bem como suas temáticas centrais. Isto nos possibilita pensar se há um novo modo de expressão da masculinidade ou uma afirmação da masculinidade dominante, tradicional, heterossexual. Para a análise proposta, utilizaremos como referenciais teóricos as definições de Joan Scott sobre gênero, para a qual o gênero, baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, é um dos elementos constitutivos das relações sociais e uma primeira forma de dar significado às relações de poder; além disso, utilizaremos os conceitos elaborados por Pierre Bourdieu para o qual a dominação masculina é aquela exercida pelo homem, invisível e não questionada, legitimada pela ordem social e pela violência simbólica contida nesta dominação, que é sofrida pelas mulheres sem que estas se deem conta. As canções evidenciam relações entre homens e mulheres permeadas pelo gênero e o poder, que moldam comportamentos e práticas sexuais, reproduzindo e incentivando relações hierárquicas e assimétricas. Dessa forma, apontam uma nova expressão da masculinidade tradicional, um “novo rapaz”, um homem que renova as atitudes masculinas tradicionais, mas que se recusa diante do poder patriarcal. Trata-se de um homem que não quer assumir...