Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira Junior, Idam de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181087
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Resumo: |
Introdução: O câncer de mama representa o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. A presença e a extensão do envolvimento linfonodal axilar é um importante fator prognóstico, com grande impacto na decisão terapêutica. Por outro lado, a linfadenectomia axilar (LA) associa-se a considerável morbidade. Neste sentido, a biópsia do linfonodo sentinela (BLS) constitui modalidade atualmente aceita para uso em tumores T1 e T2, associados a axila negativa. Fato é que pacientes com tumores T3 e T4 e axila negativa são, muitas vezes, submetidas a LA de maneira desnecessária, visto o limitado número de pacientes em séries publicadas. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a negatividade e segurança da BLS em tumores T3 e T4, associados à axila clinicamente negativa, baseada em série de casos institucionais e revisão sistemática da literatura. Material e métodos: Estudo retrospectivo, observacional de pacientes tratadas de câncer de mama no ambulatório de Mastologia e Reconstrução Mamária do Hospital de Câncer de Barretos (HCB), Fundação Pio XII, nos anos de 2008 a 2015, realizado em pacientes portadoras de tumores T3/T4 e axila clinicamente N0 submetidas a BLS. Realizou-se, também, revisão sistemática da literatura em 5 bases. Utilizou-se a metodologia PICO, considerando P = breast cancer, I = lymph node sentinela, C = T3 and T4 tumors e O = axillary preservation. Para avaliação dos artigos, foi utilizada a metodologia PRISMA. Resultados: Foram analisadas 73 pacientes; destas, 9 eram cT3 (clínico) e, após a cirurgia, tornaram-se pT2 (patológico), 47 pacientes pT3 e 17 pacientes cT4b. O linfonodo sentinela (LS) foi identificado em todos os casos e, de forma geral, foi negativo para macrometástase em 60,3% dos casos T3/T4b. Com tempo médio seguimento de 45 meses (17,5 a 98,8 meses), a recidiva local (mama/plastrão) ocorreu em 4,1% e recidiva locorregional também em 4,1%, sendo que destas nenhuma foi em axila ipsilateral ao tratamento. Na revisão sistemática, foram encontrados 504 artigos, cuja seleção resultou em 33 artigos lidos na íntegra e somente 7 apresentavam dados sobre o assunto. A taxa de linfonodo sentinela negativo foi de 28,8% (94/327) em tumores T3, 54,2% (13/24) em tumores T4b e 43,8% (7/16) no trabalho que considerou T3 e T4b de forma agrupada. Agrupando-se os dados da revisão sistemática com a série em estudo, a taxa de negatividade do LS foi de 32,1% (120/374) em tumores T3 e 61,0% (25/41) nos tumores T4b. Conclusão: A realização da BLS em tumores T3/T4b é factível por apresentar alta taxa de negatividade, além de ser segura do ponto de vista oncológico, por não se associar com recidiva axilar ipsilateral ao tratamento. |