Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bispo, Verusca Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217947
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Resumo: |
Nesta pesquisa de mestrado apresentamos a investigação da trajetória do dar-se conta do tornar-se professor de Matemática vivenciado por professores da Educação Básica (anos finais do Ensino Fundamental II e Ensino Médio) que possuam, pelo menos, dois anos de atuação em sala de aula. Assumindo a pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica, buscamos dialogar com professores tornando-lhes possível expor como, para eles, se constitui esse dar-se conta de tornar-se professor de Matemática. As entrevistas foram realizadas pelo Google Meet (em virtude da pandemia da COVID-19), gravadas e transcritas, tornando-se texto aberto à interpretação. O processo de organização e análise dos dados se deu seguindo os preceitos da pesquisa fenomenológica, isto é, por meio da análise ideográfica, na qual se busca evidenciar as particularidades das falas dos sujeitos, e da análise nomotética, que dá possibilidade de, pela interpretação de sentidos e significados, elaborar convergências que caminham para tornarem-se categorias de análise. Essas categorias expõem regiões de generalidade que, ao serem discutidas, evidenciam a compreensão do fenômeno. Constituímos três categorias: o mostrar-se na afetividade professor e aluno; o mostrar-se do ser professor; e o mostrar-se no como ele (o professor) entende os desafios da profissão. Diante das reflexões acerca da interrogação de pesquisa, vê-se que os sujeitos da pesquisa consideram que somos diariamente convidados a nos permitir sermos professores sem apenas se dispor a ministrar aulas, mas capaz de ser sensível ao outro, capaz de ver os alunos como pessoas que têm ideias, sentimentos, emoções, dúvidas, incertezas e que, por vezes, carecem de atenção e auxílio. Somos convidados, também, a não apenas lidar com os conteúdos curriculares, mas se envolver com questões relativas à própria vida, compreendendo que o dar-se conta de ser professor não acontece num instante, no agora, vai se dando na vivência profissional. Abrindo-se à compreensão do outro, que também é parte do seu ser em comunidade, à transformação da sociedade, aos avanços tecnológicos, às mudanças que são requeridas em sua forma de ensinar, o professor vai entendendo o seu papel na formação da pessoa humana. Assim, o professor constrói, ao longo de sua carreira, um modo próprio de lidar com os conteúdos que ensina, com as turmas com as quais trabalha, com seus colegas de profissão, com a família, com os desafios, ou seja, ele busca modos de lidar com essas situações e, ao fazer isso, vai se dando conta do seu ser professor que se evidencia na abertura ao ouvir, na autonomia que delega aos seus alunos e na dedicação que entende ser importante ao desempenho da profissão. |