Territórios vulneráveis: os problemas de convivência na escola e a rede de proteção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lahr, Talita Bueno Salati
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235040
Resumo: Os problemas de convivência no cotidiano das escolas geram angústias e dúvidas entre educadores e gestores sobre formas eficazes de encaminhamentos e soluções. Em contextos de maior vulnerabilidade, problemas de ordem social, tráfico de drogas, violência doméstica, ausência e negligência dos pais dificultam o trabalho da escola com a comunidade e exigem uma atuação conjunta com a rede de proteção. Contudo, a relação entre a instituição escolar e os demais serviços da rede de proteção é frágil e permeada por desconhecimento das funções e responsabilidades de cada ator que a compõe. Esta pesquisa foi realizada com gestores, professores e demais atores da rede de proteção de municípios paulistas escolhidos por conveniência e teve por objetivo investigar a percepção dos diferentes atores da rede de proteção, sejam eles da escola ou de fora dela, acerca dos próprios conhecimentos sobre os encaminhamentos aos problemas de convivência e os papéis dos diferentes serviços que atendem crianças e adolescentes. A investigação foi composta por dois estudos: o primeiro constatou a percepção desses profissionais sobre os encaminhamentos (sanções) realizados pela escola aos conflitos e ciberagressões, comparando o perfil dos participantes e o tipo de gestão da escola (municipal ou estadual), e o segundo avaliou o conhecimento dos mesmos sobre os papéis dos atores da rede de proteção e os possíveis encaminhamentos a esses atores quanto aos problemas de convivência, situações de violência doméstica, negligência e autolesão. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de caráter descritivo interpretativo, cuja análise se deu de forma quanti e qualitativa. O instrumento de pesquisa quantitativa utilizado foi um questionário com perguntas fechadas, adaptado do Instrumento de Avaliação das Relações Interpessoais construído pelo GEPEM. Para a análise qualitativa foi organizada uma entrevista em grupo com posterior Análise Fundamentada nos Dados. Os resultados indicaram diferentes percepções entre os atores da rede de proteção sobre os encaminhamentos realizados pela escola aos problemas de convivência com ações mais punitivas por parte dos profissionais da instituição escolar. Além disso, evidenciaram o desconhecimento sobre os diferentes papéis dos serviços e órgãos que compõem a rede de proteção, principalmente para os encaminhamentos realizados ao Conselho Tutelar e para a identificação e escuta às situações de violência doméstica dentro da escola. A pesquisa aponta a importância da formação continuada com as equipes e a necessidade de maior articulação na rede de proteção para atendimento efetivo e garantia de direitos de crianças e adolescentes.