Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Riguetto, Ingrid Zanata [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/137939
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Resumo: |
Em nosso trabalho investigaremos as peculiaridades literárias que fazem das duas primeiras obras do projeto Inferno Provisório (2005-2012), de Luiz Ruffato, a saber, Mamma, son tanto felice (2005) e O mundo inimigo (2005), romances originais que, por sua linguagem experimental, sua organização interna e seu compromisso com o real, permitem-nos entrever uma releitura crítica dos discursos histórico e literário. De acordo com Jean Claude Schmitt (2001), a história, a partir do século XX, com a Escola dos Annales, perde seu caráter de representação dos grandes feitos e passa a considerar as mentalidades e a subjetividade como registros historiográficos importantes. Desse modo, abre-se caminho para a inter-relação da história com outras ciências humanas, as sociais, por exemplo, e com a própria arte, levando, portanto, a uma renovação das fronteiras entre a história e a literatura. Assim, a partir das perspectivas teóricas que relativizam tais fronteiras, entendemos que a obra de Ruffato pretende a revisão dos últimos cinquenta anos da história brasileira, em uma leitura a ―contrapelo‖ da história oficial nacional, sem, no entanto, perder ou diminuir as riquezas estéticas da arte literária. Por isso mesmo, é essencial, também, investigar como Luiz Ruffato trabalha a historicidade, já que é inegável a presença desta nos romances; entender se suas obras apresentam determinados aspectos narrativos, formais e temáticos que os aproximem da natureza do romance histórico, já que rompe com características tradicionais desse subgênero, determinadas por Georg Lukács (2011), principalmente por não representar ficcionalmente um determinado e pontual evento histórico, como uma revolução, mas todo o processo da modernização do Brasil por meio dos pontos de vista do proletariado urbano, flagrado em sua constituição como classe; por fim, investigaremos como as obras permitem relações com a metodologia da História Nova assim como estabelecida pela Escola dos Annales, ao desvelar literariamente as subjetividades dos indivíduos marginalizados socialmente. |