Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Benzatti, Fernanda Paulin [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151009
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Resumo: |
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é um conjunto de desordens inflamatórias, crônica e, até o momento, sem cura do trato gastrointestinal. Engloba principalmente a doença de Cohn e a retocolite ulcerativa, que podem gerar manifestações extra intestinais. Pacientes com DII apresentam níveis elevados de fator de necrose tumoral-α (TNF-α), um importante mediador inflamatório com papel chave na patogênese dessa doença. A etiologia complexa e incerta da DII é um fator limitante para a descoberta e desenvolvimento de novos tratamentos farmacológicos, já que os atuais medicamentos além de possuírem alto custo e inúmeros efeitos colaterais, uma parcela significativa de pacientes não respondem a nenhuma terapia farmacológica. A cumarina, assim como seus derivados, revelaram potente atividade anti-inflamatória intestinal em modelos experimentais de DII, sugerindo ser um candidato para o tratamento desta doença. O objetivo desse trabalho foi investigar através das técnicas espectroscópicas de STD-RMN, fluorescência e de docking molecular se existe e quais são os mecanismos envolvidos nas interações da cumarina e seus derivados com a proteína TNF-α, além de verificar também, a interação desses ligantes com a albumina sérica humana (HSA). A investigação da interação entre os ligantes e a HSA mostrou que a 4-metilesculetina, cumarina e esculetina interagiram com a HSA através de um processo estático, enquanto que a interação da HSA com a esculina ocorreu por um processo dinâmico. As interações hidrofóbicas e de hidrogênio possuem papel fundamental para a formação dos complexos 4-metilesculetina/HSA, esculetina/HSA, esculina/HSA, já para o complexo cumarina/HSA somente as interações hidrofóbicas. Baseado nos resultados obtidos foi possível estabelecer uma sequência de afinidade de interação da HSA com os ligantes: 4-metilesculetina > esculetina > cumarina > esculina, de forma que tanto os métodos experimentais quanto os computacionais são complementares e corroboraram entre si. Em relação a proteína TNF-α, a investigação da sua interação com os ligantes mostrou que somente a 4-metilesculetina e a cumarina interagiram com o TNF-α, sendo que o complexo 4-metilesculetina/TNF-α ocorreu por um processo estático e o complexo cumarina/TNF-α ocorreu por um processo dinâmico. As interações de hidrogênio contribuíram predominantemente para a formação do complexo 4-metilesculetina/ TNF-α, para o complexo cumarina/TNF-α, a principal interação foi hidrofóbica. Assim como para a HSA, também foi possível determinar a sequência de afinidade dos ligantes perante a proteína TNF-α, 4-metilesculetina > cumarina, sendo que os dados experimentais e computacionais também corroboraram entre si. Mediante os resultados obtidos foi possível elucidar o mecanismo de interação das cumarinas e seus derivados com HSA e o TNF-α, sugerindo a 4-metilesculetina como potencial candidata para atuar na atividade anti-inflamatória intestinal. |