Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Brito, Aline Fernanda de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153117
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Resumo: |
É cada vez maior a busca pelo uso coerente de florestas plantadas uma vez que a disponibilidade de espécies nativas de alta resistência biológica é cada vez mais escassa. O reflorestamento com eucalipto reduz os riscos de diminuição dos estoques de madeira nativa, porém, madeiras oriundas de reflorestamento tendem a apresentar durabilidade natural reduzida quando comparadas a algumas espécies de madeira nativa. Devido à sua origem natural, a madeira é bastante suscetível à degradação por agentes físicos, químicos ou biológicos sendo importante selecionar espécies alternativas, que sejam mais tolerantes a esses fatores, mas com boa tratabilidade química. A madeira exposta às intempéries sofre um processo complexo de decomposição física, química e mecânica denominado de fotodegradação. Contudo, dentre os agentes degradadores, os mais severos são de origem biológica onde se destacam fungos e cupins. Assim, objetivo desse estudo foi realizar a caracterização colorimétrica da madeira, avaliar a resistência natural a organismos xilófagos e ao intemperismo do cerne e do alburno de Eucalyptus spp. tratados com o produto CCB (Borato de cobre cromatado) com 2% de concentração de ingredientes ativos. Foram utilizadas 8 espécies de Eucalyptus spp. provenientes de um povoamento com 20 anos de idade, em um plantio localizado na Fazenda Experimental Lageado – UNESP – Botucatu, SP. Após o tratamento por substituição de seiva, os toretes foram processados mecanicamente para a obtenção de tábuas perfeitamente orientadas em relação aos anéis de crescimento. Foram realizados testes de resistência biológica do cerne, do alburno sem tratamento e do alburno tratado das madeiras de Eucalyptus spp. aos fungos Pycnoporus sanguineus e Gloeophyllum trabeum e ao cupim da madeira seca Cryptotermes brevis, de resistência ao intemperismo do material estudado, além da caracterização colorimétrica dos lenhos das madeiras das 8 espécies de eucalipto. Os resultados demonstram que para o teste de resistência biológica houve diferença entre os lenhos onde o alburno sem tratamento apresentou maior perda de massa (6,59% a 28,63%) que o cerne (entre 0,48% a 4,82%) e o alburno tratado (0,02% a 1,19%), para os dois fungos utilizados. As espécies E. camaldulensis, E. cloeziana e E. urophylla apresentaram maior resistência natural aos fungos G. trabeum e para o fungo P. sanguineus as espécies que apresentaram maior resistência natural foram E. camaldulensis, E. cloeziana e E. grandis. No teste da resistência ao cupim Cryptotermes brevis, não houve diferença significativa entre o cerne o alburno sem tratamento, sendo o alburno tratado mais resistente que os dois lenhos. As espécies E. torelliana, E. saligna e E. grandis apresentaram maior resistência natural ao cupim da madeira seca. Em relação à caracterização colorimétrica, não houve diferença significativa entre o cerne e o alburno sendo a madeira desses lenhos classificadas como amarelo avermelhado pois apresentam certa claridade e presença marcante do pigmento amarelo; o alburno tratado apresentou redução dos pigmentos vermelho e amarelo, tornando se mais esverdeada. No ensaio de resistência ao intemperismo verificou-se que o cerne e o alburno sem tratamento apresentaram redução do brilho e dos pigmentos amarelo e vermelho e o alburno tratado apresentou redução do brilho, aumento do pigmento vermelho e redução do pigmento amarelo, tornando-se mais amarronzada. As espécies C. citriodora e E. grandis foram as espécies mais resistentes à ação do intemperismo após 1200 horas de ensaio. |