Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jorge Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181567
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo principal identificar os traços da nossa identidade nacional no romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, do escritor fluminense Lima Barreto (1881 – 1922). A obra analisada é uma das principais produções literárias do século XX, devido ao seu conteúdo que retrata os elementos culturais, econômicos e políticos do Rio de Janeiro do século XIX. Foi empregado o método de análise de conteúdo segundo Bardin. O romance se transformou em um dos grandes clássicos da literatura brasileira. Ganhou produção cinematográfica em 1998 nas mãos do diretor Paulo Thiago e do roteirista Alcione Araújo. Para a realização desta pesquisa diversos autores que tratam a cultura brasileira foram consultados. Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda, Roberto DaMatta, Alfredo Bosi, Antônio Cândido, José Luiz Fiorin, Caio Prado Junior, Bruno Pucci, Nelson Rodrigues, Michel Debrun, entre tantos outros. Artigos acadêmicos também fazem parte da nossa bibliografia. Quanto ao filme, produzido em período diferente da obra escrita, fizemos uma análise comparativa, (cena a cena), destacando aspectos (acontecimentos) que o identifica, e ao mesmo tempo o afasta da produção escrita e original, publicada em meados de 1916. No momento em que a globalização nos traz diferentes e intensas transformações sociais, onde há poucos limites e fronteiras para as relações interpessoais, culturais, ideológicas e políticas - que alteram significativamente as relações entre os povos - realizar uma análise objetiva sobre a nossa Identidade Nacional - ainda que seja através de uma obra literária - é um modo importante de estabelecermos uma espécie de ponte entre o passado e o presente, refletidos nas produções escritas e seus autores. Como compreender o presente, se nada ou pouco se sabe sobre o nosso passado? O processo de transformação social na atualidade não tem o pragmatismo das lentas e importantes mudanças ocorridas em séculos passados, quando a mobilidade dos povos e as informações demoravam a ser compartilhadas e usufruídas por todos. Hoje, diante do advento da tecnologia - sobretudo da internet que muito aproxima os povos - tornamo-nos “espectadores confusos” diante das tantas informações que recebemos no curto período de tempo. De certa forma, tudo isso exige de nós constante leituras, interpretações, observações e acompanhamentos, muito aquém da nossa capacidade temporal de absorção cognitiva. Para tanto, será que não há mesmo nesta tal Modernidade uma identidade nacional? O nosso trabalho penetra justamente nesta seara, procurando mostrar através do romance do Lima Barreto, elementos culturais do nosso país, extremamente marcados em nosso cotidiano. O que nos torna exclusivamente brasileiros? Nossas manias, nossas mazelas sociais, nossa hospitalidade e alegria propalada mundo afora? O carnaval, o futebol, o samba, a Bossa Nova? O “sabe com quem está falando?”, “nosso complexo de vira latas”, ou seria o nosso “jeitinho brasileiro”? Somos realmente uma nação coesa e consolidada, ou não passamos de um “aglomerado de pessoas”, que buscam somente alcançar seus objetivos individuais? |