"Consciência, news e glamour": a internet como espaço alternativo de sociabilidade e ativismo entre pessoas trans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Melo, Késia Maria Maximiano de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154086
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo central a compreensão do modo pelo qual as pessoas trans têm se apropriado de espaços online de interação a fim de fomentar debates políticos, e tecer redes de solidariedade e sociabilidade, e de que forma essas interlocuções repercutem na formação de uma consciência política em torno dos direitos dessas pessoas. Para tal, parto da investigação da proliferação desses espaços, tomando como ponto de partida um grupo da plataforma Facebook, (mas não permanecendo apenas nele), visto não somente o quantitativo de membros no grupo, mas, principalmente, as temáticas frequentemente discutidas e a participação ativa de um elevado número de participantes nas discussões. Utilizo-me da etnografia multissituada como aporte teóricometodológico, especialmente no que diz respeito ao entrecruzamento entre as interações on e offline, tendo em vista que o acesso a novas possibilidades tecnológicas e a novos espaços de discussão, associada a transformações sociais e políticas tendem a modificar a forma com que as pessoas trans experienciam os sentidos atribuídos ao ser e se tornar pessoa trans, e a buscar alternativas de enfrentamento em relação aos mecanismos que garantem a delimitação de espaços, dinâmicas e direitos. Desse modo, ao buscar analisar os discursos que são acionados a partir das discussões nesses espaços e a forma com que eles marcam espaços offline de interação, utilizo-me do referencial teórico Queer, e dos estudos feministas, além do estudo sócio antropológico sobre mídias digitais.