Detecção e caracterização molecular de Bartonella spp. em moscas Streblidae e ácaros Macronyssidae e Spinturnicidae parasitas de quirópteros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Amaral, Renan Bressianini do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153144
Resumo: Dentre os ectoparasitas encontrados em morcegos, destacam-se as mocas Streblidae e ácaros Macronyssidae e e Spinturnicidae. A família Streblidae compreende um grupo monofilético de dípteros hematófagos Hippoboscoidea que parasitam morcegos. Enquanto ácaros da família Spinturnicidae são ectoparasitas exclusivos de quirópteros, aqueles da família Macronyssidae também parasitam outras espécies de mamíferos. Embora a ocorrência de Bartonella spp. tenha sido relatada em morcegos amostrados na Europa, África, Ásia e América Central e do Sul, poucos são os estudos acerca da ocorrência e diversidade genética de Bartonella spp. em moscas Hippoboscoidea e ácaros parasitas de quirópteros. O presente trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência e traçar inferências filogenéticas de Bartonella spp. em moscas Streblidae e ácaros de Spinturnicidae e Macronyssidae parasitas de morcegos no Brasil. Entre maio de 2011 a abril de 2012 e setembro de 2013 a dezembro de 2014, 404 moscas de Streblidae, 100 Macronyssidaes e 100 ácaros de Spinturnicidae foram coletadas de duas localidades no município de Nova Iguaçu, estado do Rio de Janeiro, no sudeste do Brasil. Todos os 20 pools de ácaros e 202 (50%) mostraram-se positivos na PCR para o gene endógeno cox-1 de invertebrados. Quarenta (19,8%) de 202 moscas Streblidae foram positivas para Bartonella spp. em ensaios de qPCR baseados no gene nuoG. : 6/32 (18%) Paratrichobius longicrus, 7/24 (29%) Strebla guajiro, 2/5 (40%) Aspidoptera phyllostomatis, 5/43 (11%) Aspidoptera falcata, 1/10 (10%) Trichobius anducei, 1/4 (25%) Megistopoda aranea e 18/55 (32%) Trichobius joblingi, coletados das seguintes espécies: Artibeus lituratus, Carollia perspicillata, Artibeus planirostris, Sturnira lilium, Artibeus obscurus. Foram obtidas seis sequências para Bartonella (nuoG [n = 2], gltA [n = 2], rpoB [n = 1], ribC [= 1]). Nenhum dos ácaros Macronyssidae e Spinturnicidae amostrados mostrou-se positivo para Bartonella spp. As análises filogenéticas das sequências, suportadas pela baixa identidade pelo BLAST, sugerem a circulação de mais de um genótipo/espécie de Bartonella em moscas da família Streblidae no Rio de Janeiro, Brasil, os quais mostraram-se filogeneticamente próximos àqueles previamente detectados em morcegos e roedores na América, e em ruminantes na Europa. Tal fato evidenciando um possível intercâmbio de espécies de Bartonella entre hospedeiros vertebrados pertencentes às ordens Chiroptera, Rodentia e Artiodactyla.