A logística reversa no varejo supermercadista como um subprocesso da gestão de retornos de embalagens plásticas e de papelão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Karina Tonelli Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152878
Resumo: A logística empresarial, tanto direta quanto reversa, é uma importante atividade da cadeia de suprimentos, capaz de gerir matéria-prima, estoques, transportes, informações, entre outros recursos. Diretamente relacionada a fatores ambientais, a logística reversa ganha destaque no contexto empresarial, principalmente após a criação da abordagem da green supply chain management. Esta considera os aspectos ambientais e financeiros relacionados ao ciclo de vida do produto, o que envolve a participação de todos os elos da cadeia a qual ele pertence. Impulsionada por fatores ambientais, legais, sociais e econômicos, a logística reversa surge como uma oportunidade de ganhos, principalmente para o setor do varejo supermercadista, que é um grande gerador de resíduos recicláveis, advindos das embalagens de transporte dos produtos que serão comercializados. Diante disso, o objetivo do trabalho é analisar como as organizações supermercadistas utilizam a logística reversa, como ferramenta para gestão de retornos de embalagens plásticas e de papelão, para adquirir melhor resultado ambiental e financeiro, proposto pela abordagem da green supply chain management. Para tanto, foi realizado um estudo de multicasos junto a uma rede de supermercados. Uma vez que a abordagem do estudo trabalha sobre o conceito da green supply chain management, primeiramente foi identificada, por meio de literatura, a cadeia de pós-consumo do plástico e do papelão, no que diz respeito aos elos posteriores ao descarte do varejista e aos possíveis impactos ambientais gerados sobre as atividades de produção, descarte e reciclagem dos materiais. Posteriormente, dada a identificação de que a cadeia de reciclagem é a melhor solução sob o aspecto ambiental, e correlacionada esta atividade à logística reversa, foi dado início ao estudo de caso. Por meio deste, foi feita a caracterização de como a atividade ocorre na organização, bem como obtidos os volumes de materiais originados, as receitas, investimentos, custos e despesas incorridas sobre a atividade. Estes dados foram analisados segundo os aspectos ambientais e financeiros. Nas análises ambientais, foram apresentados os volumes de materiais que são destinados à logística reversa. Como complemento, o método de Material Input Per Service Unit (MIPS) foi utilizado. Para a análise dos resultados financeiros, foi feita uma estatística descritiva sobre os volumes e preço recebido pela venda do material. Esta permitiu a elaboração de três cenários (pessimista, realista e otimista), determinados segundo o volume de materiais. Estes ainda variaram segundo as receitas obtidas. Para cada um dos cenários foram elaborados fluxos de caixa e calculados índices financeiros (VPL e TIR). Como principais resultados, identificou-se que a organização varejista, bem como os compradores dos materiais, está preocupada com os aspectos ambientais e percebem a importância da logística reversa para o retorno do material ao ciclo produtivo. Entretanto, a questão financeira recebe maior ênfase. De fato, a rentabilidade gerada é atrativa, tanto para organizações que possuem altos volumes de materiais quanto para organizações com volumes menores e vendendo-os a um preço menor do que o praticado no mercado de sucatas. Contudo, por ser uma atividade recentemente implantada na organização, esta ainda está em adaptação e vêm recebendo ênfase nos últimos anos. Assim, há possíveis melhorias a serem desenvolvidas na atividade reversa.