Petrologia e geologia estrutural da Faixa Brasília na região de Estrela do Sul - MG: implicações tectônicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Bruna Letícia dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191749
Resumo: O domínio interno da Faixa Brasília Meridional na região de Estrela do Sul (MG) é formado por cinco unidades litoestratigráficas: Complexo Monte Carmelo, Ortognaisse Goiandira W, Ortognaisse Goiandira E, Grupo Araxá e Granito Estrela do Sul. A região apresenta dois domínios estruturais com evoluções distintas: o compartimento SW que evidencia quatro fases deformacionais, é caracterizado por uma foliação principal (S2) com alto ângulo de mergulho para SW, associada a uma lineação mineral N-S, com baixo caimento. A foliação S2 é deformada pela fase D3, responsável pelo desenvolvimento da foliação S3, com baixo ângulo de mergulho e também pela estruturação geral da área. O compartimento NE apresenta estruturas semelhantes às estruturas de D3 no compartimento SW, como uma foliação principal de baixo ângulo de mergulho, essas características evidenciam uma evolução tectônica conjunta a partir da fase D3. As paragêneses minerais dos metassedimentos, anfibolitos e metaultramáficas do Grupo Araxá indicam um metamorfismo principal, associado a fase D2, de fácies anfibolito, sendo identificadas duas zonas metamórficas: estaurolita e silimanita. As associações metamórficas indicam temperaturas entre 580°C e 600ºC, com pressões indeterminadas que podem atingir 12 kbar para a zona da estaurolita e de 600ºC a 680ºC com pressões entre 3,0 e 7,0 kbar para a zona da silimanita. A trajetória P-T-t é horária, típica de ambientes colisionais. Nos ortognaisses o metamorfismo principal situa-se na zona da silimanita. Os anfibolitos do Grupo Araxá têm afinidade toleítica e composição química entre álcali-basaltos e basaltos subalcalinos, correspondem a E-MORB, possivelmente associados a ambientes de cadeias meso-oceânicas. Os anfibolitos associados ao Ortognaisse Goiandira têm afinidade toleítica e composição química de basalto andesítico a basalto subalcalino, correspondem a N-MORB associados a ambientes de arcos vulcânicos. No contexto tectônico, este trabalho reforça a ideia da complexidade dos eventos envolvendo o Domínio Interno da Faixa Brasília Meridional e reitera que o Grupo Araxá representa diferentes unidades litotectônicas com aportes sedimentares variados e/ou evoluções tectônicas distintas, amalgamados durante a orogênese Brasiliana.