Geotermobarometria das rochas do Grupo Araxá e do Complexo Guaxupé na região de Guaxupé - Nova Resende, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Leme, Thaís Güitzlaf [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180465
Resumo: A área de estudo situa-se no sul da Faixa Brasília Meridional, no sudoeste do estado de Minas Gerais e compreende uma faixa entre os municípios de Guaxupé, Monte Belo, Nova Resende e São Pedro da União, no contato entre as unidades que compõem o Complexo Guaxupé e litotipos atribuídos ao Grupo Araxá. Esta região situa-se em uma zona de blocos crustais amalgamados durante a orogênese brasiliana no Neoproterozoico e marca o limite entre terrenos granulíticos (Complexo Guaxupé) e litotipos adjacentes envolvidos no processo colisional e pós colisional (Grupo Araxá). Este contato é delimitado pela Zona de Cisalhamento Varginha, que representa uma quebra nas condições metamórficas entre as unidades. Neste trabalho são apresentados dados petrográficos, de química mineral e geotermobarométricos (média P-T calculada pelo software THERMOCALC, software RCLC e geotermômetros Zr-em-rutilo e Ti-em-quartzo) com o objetivo de investigar e determinar as condições de pressão e temperatura dos litotipos que ocorrem no contato entre o Complexo Guaxupé e o Grupo Araxá nessa região. Na área de estudo, o Complexo Guaxupé é constituído principalmente por rochas ortoderivadas de natureza básica a ácida, com predomínio de composições intermediárias, representadas por granulitos (ortopiroxênio gnaisses) félsicos a máficos, com intercalações de anfibólio e/ou biotita gnaisses (sem ortopiroxênio), além de intercalações de metassedimentos com sillimanita, granada, ortoclásio e rutilo. O Grupo Araxá é constituído por metassedimentos pelíticos a psamo-pelíticos com intercalações de ortognaisses e de rochas metamáficas e metaultramáficas, representados por gnaisses paraderivados e ortoderivados de composição granítica a tonalítica, quartzitos e xistos com granada e cianita, além de rochas metamáficas com granada, clinopiroxênio e anfibólio. As feições mineralógicas e texturais, associadas aos dados de química mineral e de geotermobarometria, indicam, para o Complexo Guaxupé, condições de auge metamórfico balizado em torno de 1.000-1.050ºC e pressão da ordem de 14,0 kbar em fácies granulito, no campo de estabilidade da sillimanita, próximo ao limite entre os campos de estabilidade da cianita-sillimanita e condições de reequilíbrio de 950 a 700ºC e 13,5 a 11,0 kbar. No Grupo Araxá, o auge metamórfico atingiu condições de fácies eclogito, com temperaturas da ordem de 900ºC e pressões superiores a 15,0 kbar e condições de reequilíbrio de 850 a 700ºC e 13,5 a 11,0 kbar, em fácies granulito a anfibolito superior, no campo de estabilidade da cianita. Os dados apresentados são compatíveis com regime P-T-t típico de zonas de espessamento crustal (colisão continental).