Abundância e biomassa de aves em brejos salinos no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guerra, Bruno de Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251565
Resumo: Os brejos salinos são áreas úmidas que ocorrem nas regiões temperadas, eles possuem predominantemente vegetação herbácea e devido a sua dinâmica de inundações subsidiam em grande proporção a alimentação das espécies que o habitam. Estes ambientes são muito importantes e estão vulneráveis aos impactos da mudança climática e mesmo com sua pequena área apresentam a ocorrência de espécies endêmicas como o bicudinho-do-brejo (Formicivora acutirostris), considerado ameaçado no Paraná e quase ameaçado no mundo pela IUCN. Desta forma, devido a singularidade e fragilidade do ambiente de brejos salinos, compreender as variações espaço temporais na composição da avifauna se faz muito necessário. O objetivo do trabalho é caracterizar a comunidade de aves dos brejos salinos da Ilha do Jundiaquara e Ilha da Folharada, em Guaratuba-PR. Foram realizados censos pelo método de ponto de escuta entre os anos de 2011 e 2018, além de duas amostragens em 2022. As aves foram caracterizadas quanto a sua frequência de ocorrência (FO), sua abundância (IPA), seu status de ocorrência, hábitos, guildas tróficas e biomassa. Registramos 120 espécies pertencentes a 35 famílias, das quais as que apresentaram maior número de espécies foram Tyrannidae, Thraupidae, Hirundinidae, Icteridae e Ardeidae. Estas foram classificadas quanto a FO como muito frequentes, frequentes, infrequentes e escassas. Quanto ao Status como visitantes, acidental, residentes, migratórias e indeterminado. Quanto ao habito como florestais, semi-florestais, palustres, aquáticas, aéreas e campestres. As espécies mais abundantes foram Hirundo rustica, Pardirallus nigricans, Formicivora acutirostris, Agelasticus thilius, Tachuris rubrigastra e Geothlypis aequinoctialis. Constatamos declínios populacionais ao longo dos anos em Serpophaga nigricans, T. rubrigastra, H. rustica, A. thilius e Phleocryptes melanops. Observamos também o desaparecimento de Rallus longirostris e Certhiaxis cinnamomeus que pode estar atribuído à remoção total de braquiárias invasoras que poderiam ter possibilitado o estabelecimento destas espécies nas áreas. No tocante às aves residentes estas foram classificadas entre as guildas tróficas invertívoras, onívoras, granívoras, carnívoras e nectarívoras, a família de aves residentes com maior biomassa foi Rallidae. A guilda dos carnívoros foi a maiss representativa e a biomassa anual se manteve estável. Os brejos salinos subtropicais da Baía de Guaratuba, produzem em média 572,37 gramas de aves residentes por hectare anualmente.