Ecologia e comportamento do bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris Bornschein, Reinert & Teixeira, 1995 - aves, Thamnophilidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Reinert, Bianca Luiza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ave
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106590
Resumo: Stymphalornis acutirostris (bicudinho-do-brejo) (9,8 g), insetívoro, descrito em 1995, é o único Thamnophilidae palustre. Ameaçado de extinção, distribui-se em oito populações isoladas do litoral do Paraná ao do norte de Santa Catarina, que totalizam 6.060 ha de área de ocupação. Foram realizadas c. 2.000 h de observações gerais de 2006 ao início de 2008 na ilha do Jundiaquara (11,6 ha) e entorno, baía de Guaratuba, Paraná, onde todos os indivíduos foram marcados. A coloração da plumagem juvenil é distinta da dos adultos e revela dimorfismo sexual. Com sete meses de idade, machos adquirem plumagem similar à dos adultos, fato pouco conhecido na família. A espécie defende território ao longo do ano e é monogâmica. Divórcios, entretanto, foram registrados e uma fêmea esteve pareada com dois machos ao mesmo tempo. A ilha comportou 15 territórios em um ano e 14 no outro, os quais mediram 0,67 ha, em média, e permaneceram estáveis. Nova estimativa populacional é apresentada (12.942 indivíduos). Vegetação herbácea mais alta e densa foi selecionada para a nidificação. Alguns ninhos foram alagados pela maré e alguns ovos que ficaram submersos eclodiram. Um macho com 12 anos reproduziu e outro, com sete meses, esteve pareado e defendendo território. Os casais realizaram de uma a oito tentativas de nidificação em uma estação reprodutiva. O casal se incumbe do cuidado parental diurno. O macho visitou mais regularmente o ninho durante a construção e incubação (n.s.); a fêmea visitou o ninho com mais regularidade durante a alimentação (n.s.) e permaneceu mais tempo junto a ele durante a construção (p = 0,006) e incubação (n.s.). O sucesso reprodutivo, a partir da incubação, foi de 15,41% pela taxa simples e 23,91% pelo método de Mayfield. Na construção do ninho, a maior causa de insucesso foi o abandono (77,6%); na incubação...