Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Abrantes, Angélica Scheffer da Motta [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250105
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Resumo: |
A ocupação das bacias hidrográficas, no território brasileiro, é caracterizada pela apropriação dos recursos naturais para produção do espaço urbano e rural, assim, registram-se abruptas mudanças no uso e cobertura da terra, as quais podem refletir diretamente na qualidade e na quantidade da água e dos sedimentos fluviais nos fundos de vale. Por meio dos conhecimentos geográficos é possível contribuir com a elaboração de estudos com ênfase nos princípios do planejamento ambiental, que apontem alternativas para soluções aos impactos. Outrossim, ao fazer uso de parâmetros da qualidade microbiológica da água e dos sedimentos como ferramentas para compreender a forma de apropriação da natureza, torna-se possível estabelecer relações mitigadoras e menos predatórias. De tal modo, este trabalho analisou duas bacias hidrográficas com características muito diferentes, o trecho urbano da bacia do rio Bauru, em Bauru/SP, e a bacia do rio Anhumas, localizado em Ribeirão Claro/PR, que é classificada como rural. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade da água e dos sedimentos fluviais utilizados e enquadrá-los como indicadores de mudanças ambientais. Para tanto, foram realizados mapeamentos de uso e cobertura da terra, dos últimos 35 anos, para averiguar as mudanças e estabelecer relações com as possíveis qualidades da água e dos sedimentos analisados. Além disso, foram realizadas análises granulométricas dos sedimentos coletados na calha principal de ambos os cursos hídricos, pois fazem parte de bacias hidrográficas com características naturais e ocupações diferentes. Foram realizadas também análises microbiológicas e micológicas para averiguar a contaminação por dejetos animais e efluentes domésticos. Ao término, constatou-se, nos pontos amostrados, que a bacia do rio Anhumas, classificada como rural e, a do rio Bauru, como urbana, apresentaram contaminação máxima por coliformes totais e termotolerantes (acima de 1.600 NMP/100ml), além da presena do fungo decompositor Aspergillus níger, assim como focos erosivos e assoreamento. Ademais, verificou-se o descumprimento da legislação vigente, quanto a presença de vegetação nativa nas áreas de preservação permanente, fato que intensifica os problemas ambientais citados. Diante do quadro identificado, foram elaboradas contribuições às propostas de manejo para as bacias estudadas, com a intenção de adequá-las quanto às normativas, melhorar a qualidade microbiológica da água e dos sedimentos e, consequentemente, das pessoas que dependem delas. Por fim, a qualidade microbiológica da água e dos sedimentos fluviais se mostraram como indicadores qualificados para compreender as mudanças ambientais, embora as normativas sobre esses indicadores visem ambientes costeiros, devido a sua balneabilidade. Assim, torna-se necessário reavaliar os padrões de análise dos sedimentos fluviais, pois são amplamente utilizados na construção civil. |