Do olhar que nos resta: a concepção de sintoma na reflexão estética de Didi Huberman

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana Furlan de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251257
Resumo: Esta dissertação visa a compreender, de maneira teórica, o conceito de sintoma freudiano na sua ressignificação por Georges Didi-Huberman no que concerne à Estética Contemporânea. O diálogo com a Psicanálise não só norteia parte considerável da Estética de Didi-Huberman, como abre, por sua vez, uma possibilidade de releitura do próprio conceito de sintoma, naquilo que o filósofo francês propõe como uma "estética dos sintomas". Através desse deslocamento do conceito de sintoma freudiano, do seu uso clínico para a superfície das obras de arte como produção de pensamento afetivo, Didi-Huberman procura instaurar uma aproximação da Estética e da História da Arte com as obras, em si, numa nuance que permita o não encerramento das interpretações do pensamento conceitual com as obras em simples enunciados de significação discursiva. Pensar uma "sintomatologia" imanente ao fazer artístico, é indicar que há na poièsis e pela poièsis das obras de arte, uma força disruptiva que só pode ser compreendida no devir da arte mesma. A pesquisa se circunscreve, portanto, na interpretação da variação semântica do conceito de sintoma como significante privilegiado na elaboração de uma Estética afinada com a Psicanálise em Didi-Huberman.