Educação decolonial: grafismo indígena como caminho para (des)construção de olhares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nhambiquara, Budga Deroby [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254710
Resumo: Apresento neste trabalho uma perspectiva crítica sobre a aplicação da Lei 11645/2008 a partir das experiencias contidas nas aulas de arte e vida do autor indígena que atua em escolas não indígenas, enfatizando as desigualdades na produção dos materiais didáticos e formação acadêmica que tange ao ensino da cultura indígena nas redes públicas de ensino. A partir do levantamento de epistemologias de autores indígenas e não indígenas, discute-se a relação entre descolonização e o currículo de arte, para então propor caminhos para a continuidade dos processos de descolonização do ensino aprendizagem nas escolas por meio da elaboração de material didático que estará anexado em outro arquivo que fará parte deste documento. No transcorrer do mês de março de 2008 foi promulgada a Lei 11.645 que institui a obrigatoriedade do ensino da cultura Afrobrasileira e Indígena nas escolas públicas e privadas, em um contexto de luta dos povos indígenas, houve um significativo trânsito de intelectuais e ativistas antirracistas indígenas e não indígenas no Brasil. Com base no olhar do indígena pelo currículo preparado principalmente por mãos não indígenas, discutimos as relações estabelecidas entre professor e educando ao propor uma abordagem engajada e organicamente conectada às vidas daqueles que aqui já viviam, visando reposicionar as vozes e centralizar as epistemologias de artistas e teóricos indígenas para desobjetificar suas produções, argumentando que esses referenciais para a educação contribuem com uma mudança social necessária e a criação de novas referências epistemológicas, ajudando a construir os fundamentos intelectuais e um material de lutas políticas para quem já nasce com o “Corpo Político”.