Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Berriel, Luiza Jacqueline Costa Nicolau [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151463
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Resumo: |
Introdução: O câncer de bexiga é a neoplasia maligna mais comum do trato urinário, sendo o carcinoma urotelial o subtipo histológico mais comum. No momento do diagnóstico, cerca de 75% dos tumores não são invasivos. Entretanto esses tumores são caracterizados por alta frequência de recorrência e frequente progressão para tumor invasivo, com piora significativa no prognóstico. A incapacidade de prever com precisão sua evolução dificulta a escolha terapêutica adequada gerando um impacto na sobrevida dos pacientes. Objetivo: Avaliar a imunoexpressão de XIAP, Survivina e Smac/DIABLO em tecido tumoral. Correlacionar os resultados com o índice apoptótico, proliferação celular e imunoexpressão da proteína p53 nestes mesmos tecidos, e com o prognóstico dos pacientes. Métodos: Estudo do tipo coorte retrospectiva, que avaliou pacientes diagnosticados com carcinoma urotelial de bexiga no período de 1980 a 2000, provenientes do serviço de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Cortes de 3 µm do bloco de TMA foram submetidos à reação de imuno-histoquímica para XIAP, Survivina e Smac/DIABLO. As lâminas foram analisadas por dois patologistas, sendo obtidos escores de intensidade de imunoexpressão. Esses escores foram correlacionados entre si e com o índice apoptótico (obtido com o uso de anticorpo anti-caspase-3-clivada), índice de proliferação celular, imunoexpressão da proteína p53 e dados de sobrevida dos pacientes obtidos em prontuário médico. Foi usado o Teste de Associação de Goodman envolvendo contrastes entre e dentro de populações multinomiais considerando o nível de 5% de significância, na avaliação do grau histológico dos carcinomas uroteliais vesicais e seu status de invasão da camada muscular da bexiga, com os marcadores da apoptose estudados (XIAP, Smac/DIABLO, Survivina) e local de prevalência do Índice Apoptótico. O Teste não-paramétrico de Mann-Whitney foi usado para avaliação da porcentagem do Índice Apoptótico (caspase-3-clivada) e sobrevida em meses com status de invasão da camada muscular da bexiga. Para avaliar as associações entre p53, Survivina nuclear e citoplasmática, Smac/DIABLO, e entre a porcentagem do Índice Apoptótico (caspase-3-clivada) e o índice de proliferação celular (Ki-67), foi usado o Teste não paramétrico de Kruskal-Wallis complementando o Teste de comparações múltiplas de Dunn. Na associação entre a porcentagem do Índice Apoptótico (caspase-3-clivada) e a sobrevida em meses foi usada a Medida de Associação de Spearman. Resultados: Dos 210 casos selecionados, 67 foram incluídos. Verificamos uma relação inversa entre a porcentagem do Índice Apoptótico obtido pela reação imuno-histoquímica com a caspase-3-clivada (IA%) e entre a sobrevida em meses dos pacientes da casuística. A sobrevida é significativamente maior entre os pacientes sem invasão da camada muscular da bexiga pelo carcinoma urotelial (mediana de 76,5 meses, e valor máximo de 334 meses), comparados àqueles com camada muscular infiltrada pela neoplasia (mediana de sete meses, tempo máximo de 129 meses). A imunoexpressão nuclear da Survivina é mais significativamente negativa nos carcinomas invasivos que nos não invasivos. Quanto à imunoexpressão de Smac/DIABLO, os carcinomas não invasivos têm significativamente mais reações fortes que os invasivos. O mesmo acontece com a reação para XIAP, com mais carcinomas não invasivos positivos comparados aos invasivos. A localização dos “hot-spots” do índice apoptótico (reação positiva para caspase-3-clivada) nas superfícies das papilas neoplásicas é significativamente maior nos carcinomas de baixo grau que nos de alto grau. Carcinomas uroteliais com imunoexpressão forte para Smac/DIABLO têm significativamente menor proliferação celular. Em relação ao coeficiente e valores mínimo e máximo da sobrevida em meses dos pacientes da casuística segundo a imunoexpressão das proteínas XIAP, Survivina e Smac/DIABLO, em nenhuma das avaliações o valor de p foi menor que 0,05, indicando a falta de significância desses resultados. Conclusão: Índice apoptótico obtido pela caspase-3-clivada é inversamente proporcional a sobrevida dos pacientes. A survivina é mais expressada nos carcinomas invasivos, podendo ser utilizada como marcador de mau prognóstico. O Smac/DIABLO e XIAP, por sua vez, são mais expressados nos tumores não invasivos. A localização dos “hot spots” do índice apoptótico pode ser útil para diferenciar carcinomas de alto e baixo grau. |