Revegetação de áreas degradadas por mineração na Floresta Nacional do Jamari e sua relação com a qualidade das águas superficiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Raissa Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204757
Resumo: O Brasil é um dos países que possuem mais recursos naturais, principalmente de reservas minerais, muito importantes para sua economia. No entanto, a extração mineral é uma atividade que promove intensa modificação ao meio ambiente, como a retirada da cobertura vegetal, alterações no relevo e demais características físico-químicas do solo. Essas modificações promovem alterações também no regime hídrico local. Dessa forma, uma componente importante no processo de mineração, consiste na recuperação ou restauração das áreas utilizadas. A Floresta Nacional do Jamari, FLONA, em Rondônia, consiste em uma unidade de conservação ambiental, e segundo o Sistema Brasileiro de Unidades de Conservação (SNUC), são áreas passíveis de uso sustentável. Nesse contexto, a Floresta Nacional do Jamari tem um histórico de exploração cassiterita iniciado nos anos 60. A partir dos anos 80, as áreas mineradas passaram a ser recuperadas de forma intuitiva com poucos resultados. No início deste milênio, mediante aplicação da legislação de áreas degradadas, as empresas mineradoras envolvidas reforçaram as ações de recuperação de áreas degradadas envolvendo parcerias com universidades. Desde que se deu início ao processo de recuperação ambiental, iniciou-se também a avaliação da qualidade das águas superficiais de modo a verificar se há alteração comprovadamente relacionada à atividade mineradora (devido às áreas estarem com solo exposto por longo período). Com o objetivo de avaliar a evolução dos usos do solo nas áreas mineradas em processo de recuperação e sua possível relação com a evolução da qualidade da água nas bacias de drenagem correspondentes, foram selecionados quatro pontos amostrais distribuídos no interior da FLONA. Os dados de ocupação do solo foram obtidos utilizando ferramentas de análise espacial (Sistemas de Informação Geográfica) e avaliados através de análises de correspondência para os anos de 1999, 2009 e 2019. Já os parâmetros de qualidade das águas (pH, sólidos totais dissolvidos, fósforo total, nitrogênio total, nitrito, nitrato, coliformes termotolerantes, cor, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, demanda química e bioquímica de oxigênio, temperatura, turbidez, cromo, cobre, ferro e manganês) foram disponibilizados pela empresa responsável pela recuperação das áreas degradadas e foram avaliados por meio de análises de componentes principais nas mesmas datas. Os resultados permitiram verificar que a tese foi aceita, ou seja, há relação entre as ocupações do solo e a qualidade da água. O ano de 1999 foi marcado pelo solo exposto e pelo parâmetro sólidos totais dissolvidos, enquanto o ano de 2019 foi maiormente influenciado pelas áreas de reflorestamento com vegetação intermediária e densa e o parâmetro cor, assemelhando-se ao verificado em áreas preservadas.