Uso de biofertilizante na fertirrigação de milho: efeitos na planta e no solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Abreu, Pedro Alcantara da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/250792
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da fertirrigação com efluente de esgoto tratado (EET) em parâmetros de produção e desenvolvimento da cultura do milho, e os impactos nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo. A pesquisa foi desenvolvida na área experimental do Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão (LANAPRE), Embrapa Instrumentação, no município de São Carlos – SP, no período da safra de verão, de setembro a dezembro de 2021 e no período da safrinha, de março a junho de 2022. Os experimentos foram conduzidos no delineamento de blocos casualizados, com quatro tratamentos e três repetições, com parcelas de 43,2 m2 de área total e 22,4 m2 de área útil. Os tratamentos foram definidos de acordo com as adubações realizadas: 1 – NPK (aplicação de ureia, superfosfato simples e cloreto de potássio), 2 – EfPK (aplicação de EET, superfosfato simples e cloreto de potássio), 3 – Ef (aplicação de EET), 4 – Controle (sem adubação). As parcelas dos tratamentos NPK e Controle receberam exclusivamente água durante todo o ciclo, enquanto as parcelas dos tratamentos EfPK e Ef receberam o EET após a semeadura (estádio VE) e durante os estádios fenológicos de V4 a V8 do milho (fertirrigação de cobertura) – e água nos demais estádios. O sistema de irrigação por sulcos fechados foi utilizado tanto para a aplicação de água e de EET O manejo de irrigação foi realizado com base na evapotranspiração da cultura. Foram avaliados: massa de espiga sem palha, massa de grãos por espiga a 13% de umidade, massa seca de grãos, produtividade de grãos e massa de 100 grãos; comprimento de espiga, número de fileiras e de grãos por espiga, diâmetro da espiga no ápice, parte média e base da espiga; altura de planta, diâmetro de colmo, comprimento e diâmetro da espiga com palha; massa fresca e seca de folhas, colmo+pendão, palha e espiga; resistência estomática, índice relativo de clorofila total (IRCT), índice de área foliar (IAF), NDVI e NDRE; área foliar (AF); análises químicas do solo no início e final dos ciclos, condutividade elétrica e pH do solo; quantificação de coliformes totais, termotolerantes e determinação da enzima beta-glicosidase no solo; densidade e granulometria do solo. O tratamento NPK obteve valores superiores ao tratamento EfPK para produtividade de grãos, massa fresca e seca da parte área das plantas, massa seca de grãos, comprimento de espiga e número de grãos por espiga. Os tratamentos NPK e EfPK não apresentaram diferença significativa entre si quanto ao IAF, AF, NDVI e NDRE, mas ambos diferiram quanto ao IRCT. Foi observado uma melhora significativa dos aspectos químicos do solo ao fim dos ciclos de cultivo, mediante aplicação do EET no tratamento EfPK, sendo observado o aumento do pH do solo em CaCl2 para a faixa de 5,4 a 6,4. O solo se mostrou capaz de neutralizar quase a totalidade dos coliformes termotolerantes ao final da safra de verão e neutralizou a totalidade de coliformes termotolerantes ao final da safrinha. Foi observado um aumento em um curto prazo da atividade de microrganismos no solo nos tratamentos NPK e Controle, enquanto que nos tratamentos EfPK e Ef esse aumento ocorreu em um maior período de tempo. Na safrinha, com uma menor dose de adubo, foi necessário um maior tempo para ocorrer o aumento da atividade dos microrganismos do solo. O uso do EET sem suplementação de adubação mineral apresentou os menores valores de argila mecanicamente dispersa em água, o que não indica um potencial para a desestruturação do solo.