Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Caio Vinicius Russo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202359
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Resumo: |
Trata-se de uma dissertação que visa, a partir de uma aproximação da obra Dom Quixote de la Mancha, do escritor espanhol Miguel de Cervantes, publicada pela primeira vez em 1605, pensar o conceito de anacronismo como possibilidade heurística para a história. No diálogo entre teoria das imagens e estética contemporânea, sobretudo através das obras de Walter Benjamin, Gilles Deleuze, Georges Didi-Huberman e Jacques Rancière, buscamos demonstrar como sobrevivem em Dom Quixote duas diferentes imagens de tempo, uma medieval e escatológica, denominada imago cosmos, e outra barroca e infinita, denominada imago mundi. Acreditamos que a tensão entre essas duas imagens de tempo não apenas perpassa como constitui esse que é amplamente considerado o primeiro romance moderno. Na continuidade da presença de Dom Quixote na Literatura Ocidental, o que denominamos imagem-quixote, procuramos traçar as sobrevivências do Cavaleiro da Triste Figura até o Modernismo. Nesse sentido, essa pesquisa procura entender como Dom Quixote pode ser lido não apenas como a crítica irônica ao atraso da sociedade cavalheiresca na Espanha do início século XVII, mas, também, como sintoma de uma modificação histórica que se expressa como certa imagem dialética dos diferentes ritmos temporais imanentes à obra Dom Quixote: síntese disjuntiva do tempo medieval e moderno, em que reminiscências, apagamentos, retornos e saltos constituem a multiplicidade temporal de um tempo histórico necessariamente não linear. A partir desses questionamentos, procuramos apontar para a hipótese de uma heterocronia como reconfiguração do tempo histórico em termos de um pluralismo dos ritmos temporais. |